Depois de 2 dias de mal-sucedidas tentativas de contato telefônico, o prefeito de Catalão, Adib Elias retorna uma ligação às 15h11 desta sexta, 1/03. (obs. O diálogo foi reduzido para mostrar o ambiente da conversa).
-Boa tarde, prefeito!
– Olá, Altair. Já tá no ritmo do carnaval?
– Não, estou com a pauta aberta para muitos assuntos.
– Não vai pra Três Ranchos?
– Não, aquí é carnaval no sofá. Mas, o que eu quero saber é qual sua reação diante da expulsão ( do MDB)?
A partir daí, Adib começa a organizar o pensamento e já avisa que não quer falar muito.
– Eu não considero que fui expulso. Vou esperar a Justiça, diz ele.
Ele se refere à ação judicial que pediu a anulação da eleição do diretório do MDB que reconduziu o ex-deputado federal Daniel Vilela para a presidência. Apesar de afirmar que prefere se manifestar com mais detalhes após a decisão, ele dispara:
– Essa eleição teve funcionário que votou. Funcionário não pode votar.
E, apela:
– Em 1971, eu estava com o MDB no Rio de Janeiro (enquanto era estudante de medicina). Em 1982, ajudei a eleger o Iris. Ajudei o pai dele (Maguito Vilela) em 2006.
E, reclama, da atitude da direção que seria influenciada por Daniel:
-Vingança, rancor, não pode ter em política não.
Adib conclui a fala ao telefone dizendo que prefere falar após o julgamento da ação. Segundo ele, tem recebido solidariedade de outros amigos do MDB de todo o Estado. E, deixa a entender, que, se a expulsão for mantida, muitos sairão com ele.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .