09 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 22/11/2024 às 20:13

Boicote ao Carrefour e ao Atacadão, defende governador do MT

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (UB) está liderando um boicote ao hipermercado Carrefour e ao Atacadão (empresa do mesmo grupo) por causa do anúncio de suspensão da compra da carne do Brasil para as unidades da França.

Veja o vídeo compartilhado pelo governador:

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, apoiou o movimento de associações de produtores de proteína animal e entidades do agronegócio brasileiro que propõem boicotar o Carrefour em resposta à decisão da rede varejista francesa de suspender a venda de carne dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai). A suspensão foi anunciada pelo CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, em carta à Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas da França e divulgada nas redes sociais.

O Ministério da Agricultura (Mapa) rejeitou a decisão, defendendo a qualidade da carne brasileira. Diversas associações, como Abiec, ABPA, CNA, Abag, SRB e Fiesp, também manifestaram repúdio e consideraram boicotar o Carrefour no Brasil, apesar da empresa afirmar que o veto se aplicaria apenas às lojas na França.

Fávaro criticou a postura do Carrefour no Brasil, afirmando que se a carne brasileira não atende aos padrões franceses, também não deveria ser fornecida no mercado brasileiro. Ele apoiou a decisão das entidades brasileiras, destacando a soberania e o respeito à legislação nacional.

Além disso, Fávaro mencionou uma controvérsia semelhante envolvendo a Danone, que inicialmente afirmou não comprar mais soja brasileira por questões de sustentabilidade, mas depois retractou. Ele interpretou essas ações como uma possível coordenação contra o agronegócio brasileiro, que é altamente competitivo globalmente.

O Ministério avaliou que o veto do Carrefour dificulta o avanço do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, tema discutido recentemente na Cúpula do G20. O presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou que o tratado atual não é aceitável, citando preocupações ambientais e os interesses dos produtores agrícolas franceses. (Com informações da Agência Brasil)

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .