27 de agosto de 2024
Dilze Percílio no RH

Mãe – não sei como ela consegue!!!

Mulher, Mãe, Esposa, Líder, Bela, Glamurosa ….

Ufaaaaa !!! Esses são alguns dos papeis que nós mulheres desempenhamos e já fiquei cansada só de pensar ….  Aliás, foi justamente essa sobreposição de papéis que me impediu de escrever no último mês para vocês … L L L

O mês de março fio um mês de muito trabalho, mas também de grandes reflexões. Tive a oportunidade de fazer alguns cursos e planejamentos que me ajudaram a definir o que é prioridade em minha vida pessoal e profissional. Resolvi ser:

Ainda sob os auspícios do “Mês das Mulheres”, senti a necessidade de discutir os dilemas que nos assombram e acompanham. Como mulher, líder e glamurosa (rsrsrsrs, esqueci de dizer modesta …) vou utilizar a primeira do plural, para garantir um pouco de coletividade do tema e das personagens que aparecerão por aqui.

Você já viu o filme “Não Sei como Ela Consegue” com a Jeniffer Aniston! Se você não viu, acesse  e assista o trailer antes de continuar a leitura, ok! São só dois minutinhos ….

Este filme, que foi discutido em um dos eventos da ABRH Goiás, na semana passada, mostra as peripécias da nossa heroína para equilibrar os papéis de mãe, executiva e esposa. Enquanto uma área ia muito bem, as demais deixavam muito a desejar, e, para completar, além da autopercepção que já nos é muito cruel, o esposo e os filhos caiam “matando” sobre o pouco que sobrava de autoestima. Mera semelhança …. a vida imita a arte? [segue no anexo foto do filme e banners de divulgação para ilustrar a matéria]

Há alguns meses uma amiga, que já estava sofrendo com a passagem dos inta-para-os-enta, ou seja, deixando a casa dos 30 para entrar na dos 40, mãe de gêmeos naquela fase esqueceram-de-mim e de emprego novo, após ter sido desligada da empresa na qual trabalhou por 10 anos, aproveitou um saudável e raro happy hour para desabafar:

_ Dilze, será que traumatizei meus filhos? Como eles entenderam o meu descontrole?

Então vamos a cena deste drama recheado de realismo fantástico: Ao chegar em casa após um dia comum e estressante de trabalho, estavam os filhos assistindo uma DVD do Ben 10, animadíssimos e desavisados, quando em um corriqueira cena um monstro ataca o outro por trás e enfia uma faca nas costas. Até aí tudo normal, só que nossa heroína, que não vive no mundo da fantasia onde a morte não dói, a violência não choca e é vista como justiça na luta do bem contra o mal, PIROU O CABEÇÃO!!! Chorou, tirou o DVD do aparelho e o quebrou ao meio! As crianças se assustaram e virou um pandemônio, até que todos se acalmassem e ela conseguisse explicar o porquê daquela reação.

Calma querido leitor!!! Os meninos estão bem, a família mais unida e a cinemateca infantil com maior qualidade. O que importa aqui não é a cena do desenho, mas o questionamento que minha amiga trouxe. A culpa que ela carregou por não estar presente o quanto gostaria e acha que deveria com a família, mas principalmente, por ter “surtado”.

Então, entre um petisco e outro, e após aquela cervejinha gelada que TODO MUNDO MERECE, eu lhe perguntei:

_ Amigaaaaa, por que você se culpa tanto? Quantas crianças no mundo assistem desenhos violentos, já que esse é o padrão comercializado? Qual condição você tem de parar de trabalhar e ficar em casa?

Assim como a Katy do filme, ela se conscientizou que precisaria dar uma reorganizada em sua vida, na busca do equilíbrio, mas que não há motivo para se nutrir aquele perverso sentimento de impotência e culpa.  Katy conseguiu se posicionar com seu chefe, disse que iria viajar na segunda e que passaria o final de semana com a família. E em Goiânia City, minha amiga percebeu que o que mais importa é a qualidade do tempo que dedicamos a vida pessoal e não há quantidade.

No evento em que fui facilitadora no último 25, que contou a presença de 25 mulheres, ligamos nossas histórias às do filme discutindo e fortalecendo a competência Inteligência Emocional.

Se as competências tivessem um gênero, a Inteligência Emocional seria feminina. Me desculpem os leitores do sexo masculino, mas fomos culturalmente formatadas para jogarmos-nas-onze-posições. Mesmo antes de assumir posições de destaque no mundo corporativo, já tomávamos-de-conta da casa, do marido, dos filhos, dos pais, dos parentes e vizinhos, que insistiam em se meter na nossa vida.

Mas o “pecado original” da mulher moderna foi a entrada no mercado de trabalho, multiplicada pela ascensão a postos de liderança, pela maioria nos cursos superiores e pela remuneração igual ou superior aos nossos companheiros. É amigaaassss …. para isso não houve perdão … E o pior é que o maior algoz é você mesmo, linda Dama do Saber e do Poder!

Ter a Inteligência Emocional desenvolvida é saber utilizar seus sentimentos a seu favor, ou seja, não deixar que a culpa nos limite, mas sim usar essa forte sensação de desconforto para buscar sempre mais. É utilizar momentos de surtos e TPMs para fazer profundas reflexões e realinhar o curso de nossas vidas. É trazer a habilidade de equilibrista para ter uma visão mais clara e assertiva do complicado e masculino mundo organizacional. É parecer submissa e “Mariazinha” se é esse papel que nossos parceiros esperam de nós. Ahhhh, sabe nada inocente …

Mas acima de tudo, é VALORIZAR E HONRAR nossa estória!!!

E foi isso o que fizemos quando apliquei uma ferramenta de Coaching, a qual fui submetida pela Coach Ana Paula Borges, em seu projeto Planejamento de Vida para Mulheres Inteligentes  [inserir link do siye da Unique B https://www.facebook.com/uniquebnegociosepessoas]: “Lista de Triunfos” e “Listra de Fracassos”. Essas listas foram preenchidas individualmente, e depois, dei meu “toque pessoal”, ao dividir a turma em duplas e pedindo que uma perguntasse a outra: Quais comportamentos estavam na base das escolhas que geraram o triunfo e quais estão nas escolhas que geraram o fracasso. Dica, escolha um(a) grande amigo(a) para fazer as perguntas, pois quando você se ouve dizendo algo, ele se torna mais claro para você mesma.

Então, seguem os exercícios para que vocês possam fazer em casa, ou num happy hour, rsrsrs.

  • Lista de Triunfos: Você tem 5 minutos para registrar aqui os triunfos que você teve em sua vida.
  • Lista de Fracassos: Você tem 5 minutos para registrar aqui as coisas não tão boas que aconteceram em sua vida.

Mapeamento de Comportamentos Alinhados: responda quais comportamentos você teve que levaram você a chegar ao Triunfo e percebê-lo como um triunfo.

Mapeamento de Comportamentos Não-Alinhados: responda quais comportamentos você teve que levaram você a chegar ao Fracasso e percebê-lo como um fracasso.

Olha…. não sei o que vai sair de suas listas, mas as heroínas que ficaram no evento perceberam que pelo menos 70% dos comportamentos eram comuns às duas listas, o que significa que suas respostas aos desafios propostos foram as melhores possíveis naquele momento, e que os resultados tinham 50% de chance de darem certo e 50% de darem errado. Isso significa que não há porque nos culparmos, pois é o-que-tem-prá-hoje …

E vocês devem estar se perguntando: e os outros 30%?

Se enganam aquelas que pensaram que foram escolhas erradas. Em uma análise mais acurada, a maioria desses comportamentos estão desalinhas aos objetivos de vida e de carreira não na tomada da decisão, mas na escolha de se martirizar e tomar essa decisão como um fracasso!

Lembre-se, o poder de construir nossa vida não é só nosso, mas o de interpreta-la de maneira Emocionalmente Inteligente é totalmente nosso. Não delegue isso a ninguém e muito menos se sinta incapaz de ter um alto nível de Inteligência Emocional.

E não escrevo esse texto por ser um exemplo, muito pelo contrário! Estou há um mês sem blogar … dia 25 foi meu aniversário e não consegui responder até agora as mensagens de feliz aniversário … o namorado quase termino tudo pois nem deu tempo de atende-lo o dia todo …

Ouso discutir tema tão delicado por percebi o quanto foi bacana a discussão do CinePipocaRH “Não Sei Como Ela Consegue” e como ele me ajudou a definir prioridades e equalizar algumas coisas.

Ahhh …. os gêmeos estão ótimos e quase causaram um desidratação na mãe quando, espontaneamente, umas semanas depois, ao rezarem antes de dormir, agradeceram a papai-do-céu “pela mamãe ter quebrado o DVD e estar sempre aqui para nos proteger, igual o senhor” ….

#quefofura #ah…chorei #mulheresmaravilha #supermãe #executandocomoExecutiva

Abraços, Dilze.

Dilze Percilio é Coach de Carreira e Consultora Organizacional, Presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH Goiás, Diretora Técnica da APOIO Consultoria de Negócios e colaboradora do Diário de Goiás.


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