05 de dezembro de 2025
NEGOCIAÇÃO

Mabel negocia com bancos dívida de R$ 250 mi de consignados descontados e não pagos na gestão anterior

Dívida refere-se a consignados pagos por servidores, mas não repassados pela Prefeitura de Goiânia aos bancos na gestão de Rogério Cruz
Prefeito disse que está negociando descontos com os bancos sobre dívida herdada - Foto: arquivo Alex Malheiros / Secom Goiânia
Prefeito disse que está negociando descontos com os bancos sobre dívida herdada - Foto: arquivo Alex Malheiros / Secom Goiânia

O prefeito Sandro Mabel (UB) destacou nesta quinta-feira (3) que tem negociado com bancos uma dívida inesperada que herdou da gestão passada no valor de R$ 250 milhões fora juros e correções. Trata-se de empréstimos consignados que servidores municipais fizeram junto às instituições financeiras, pagaram, mediante descontos feitos pela gestão de Rogério Cruz, mas cujos valores não chegaram aos bancos.

Mabel citou o caso ao comentar que durante a transição recebeu a capital com R$ 3,6 bilhões de dívidas, e que “hoje estão em R$ 5 bilhões as dívidas para trás. Só com consignados tem R$ 250 milhões que a prefeitura descontou dos funcionários e não repassou para os bancos na gestão passada, e isso tudo vai crescendo”.

Foi uma citação para justificar com mais esse dilema a necessidade de a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovar a prorrogação do decreto de calamidade financeira da capital. O prefeito disse que, para ter uma negociação equilibrada com os credores, como os bancos que fizeram os empréstimos, precisa de uma “condição equilibrada que a [prorrogação da] calamidade nos dá”. Na quarta ele fez um apelo aos deputados.

Nesta quinta, Sandro Mabel citou investimentos em educação, obras e trânsito que não teria condições de promover com o endividamento fora de controle. Segundo ele, é preciso um instrumento como a prorrogação do decreto de calamidade.

Ele disse que conseguiu fazer negociações com credores em alguns casos com 40% até 50% de descontos e parcelamentos longos, de 30 a 40 vezes.

“O caso do débito com os bancos, a administração ‘maluca’ anterior, recolheu, descontou do funcionário e não repassou para os bancos R$ 250 milhões. Agora estou chegando nos bancos e dizendo que não tenho como pagar. Vou pagar em 12 vezes a dívida original, sem correção e sem juros para a frente, não estou fazendo graça, não tenho como pagar”, afirmou.


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