Após o clamor dos camelôs da região da Avenida 44, durante audiência pública na Câmara Municipal de Goiânia, nesta segunda-feira (17), com o pedido para a manutenção da feira da madrugada no local e um maior prazo para realocação, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), disse estar avaliando a situação para definir os próximos passos.
Em entrevista ao Diário de Goiás, ele afirmou que dialoga com o público do local para chegar a um acordo. Segundo o prefeito, existe a possibilidade de manter a feira da madrugada na região, desde que de fato o horário de funcionamento desse comércio não choque com o dos lojistas.
“Estamos conversando com eles, estamos conversando com os comerciantes e estamos conversando, principalmente, com o consumidor. Se chegar em um acordo de qual é o melhor horário de funcionamento, nós vamos funcionar. Mas durante o horário de funcionar não teremos nenhum camelô. Não pode ter camelô nas ruas, para que a gente possa ordenar esse comércio em Goiânia”, disse.
Em discurso durante audiência pública, que contou com a presença de representantes dos camelôs, vereadores e secretários municipais, a presidente da Associação dos Camelôs, Ana Paula de Oliveira, defendeu a continuação dos vendedores ambulantes nas ruas, obedecendo ao horário da madrugada, quando as lojas estão fechadas.
“Queremos oferecer, das 3h às 7h30 da manhã, que as lojas estão fechadas, e a gente retorna a partir das 17 horas”, sugeriu. “Somos mais de três mil camelôs, e é uma tradição nossa, mas se for preciso, nós pagamos taxa para Prefeitura, no entanto pedimos que seja definido o horário a partir das 17 horas”, clamou, com a afirmativa de que os ambulantes precisam trabalhar. “Não vamos aceitar o Aluguel Social”, salientou ao pedir para que o secretário analise com carinho a situação dos ambulantes e amplie o prazo para realocação.
Prazo para realocação
Na última quinta-feira (13), Mabel disse que daria até o dia 30 de março o prazo para a saída dos vendedores ambulantes que atualmente trabalham nas calçadas e ruas da 44. Ele garantiu que a fiscalização vai ser rígida “e 24 horas” para impedir a presença das centenas de ambulantes que atuam na região, maior polo do comércio de confecções da capital.
“Os ambulantes da 44 são pais e mães de família que precisam trabalhar, mas não trabalhar daquele jeito. A cidade precisa se organizar. Isso aqui é uma cidade. E agora tem um gerente. Vim de uma administração, de uma gestão. Não vou deixar a cidade ficar essa bagunça que está, de ambulante para todo lado, não”, pontuou o prefeito.
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