Eis o primeiro confronto direto entre o governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), e o pré-candidato ao Executivo goiano José Batista Júnior, o Júnior Friboi. Para o dia do evento da filiação do empresário no PMDB, o tucano articula uma mobilização política em Brasília contra a reforma tributária.
Uma tentativa clara de esvaziamento que evidencia a (pré)ocupação de Marconi em polarizar a disputa com o novo peemedebista. Enquanto o empresário organiza “grande festa” aqui, o governador jacta-se do “suprapartidarismo” de lá.
Independente do sucesso da ação tucana, um discurso a mais para 2014: Friboi não se engajou na luta contra os incentivos fiscais. Aliás, ele e todos os outros que optarem pelo evento de filiação.
Por outro lado, o empresário tem como vantagem o medo exposto do governador, que combate antecipadamente sua postulação.
Contra Vandelan Cardoso (PSB), por exemplo, Marconi não se preocupou. Evitando o desgaste pessoal com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), sua equipe de comunicação desmereceu, a posteriori, o evento.
Desmerecimento esse, diga-se de passagem, um tanto quanto esquizofrênico. Falaram em fracasso de público e exibiram fotos do auditório lotado. Uma contradição coerente com a atuação dos assessores indiretos do Palácio.
O ato de filiação de Friboi está marcado para esta quarta-feira, 15, às 15 horas, no auditório Costa Lima, da Assembleia Legislativa de Goiás. Confirmaram presença o vice-presidente da República, Michel Temer, que já está em Goiânia, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, além de lideranças goianas do PMDB. Renan Calheiros também é esperado.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, devem representar o PT na ocasião.
Em Brasília, está confirmada a presença maciça de toda a assessoria do governador Marconi Perillo. Estarão todos lá, como costumam estar nos governos itinerantes, pra fazer número. O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) também deve participar.
Quem dá mais?
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