No cenário incerto da eleição municipal, a pré-candidatura do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), surge como mais um fato que vai criando corpo.
Um nome forte, boa avaliação administrativa, com estrutura partidária nacional e a atual vantagem da novidade.
E há ainda o benefício do desconhecimento com o respaldo da última pesquisa divulgada pelo instituto Verus, que demonstrou a ligação inversamente proporcional entre os índices de rejeição e o grau de conhecimento entre os eleitores.
Com a razão dos ditados populares: antes prevenir, que remediar. É mais fácil construir uma imagem do que ter de refazer.
Gomide vem como a promessa que pode mudar o rumo da tradicional batalha em Goiás. Uma oportunidade de enriquecimento do discurso. A concretização de uma via alternativa que o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), tentou construir em 2010, mas não chegou lá.
Vão precisar mudar o jeito de vender o peixe.
Sem o PT na chapa, os peemedebistas precisarão de mais do que uma campanha abastecida. E com o empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi (PMDB), como pré-candidato, Gomide se fortalece pela habilidade política que tem, contra a que o outro tem demonstrado não ter.
Não é de hoje o descontentamento dos petistas com Friboi. Nem é segredo que a pré-candidatura de Gomide foi consolidada com a consequente consolidação do empresário no PMDB.
Para ser oficial, porém, o petista terá que angariar alianças. Hoje, principalmente, dentro do PT. Terá que convencer os aliados regionais de que pode encabeçar uma chapa competitiva, e os nacionais de que a presidente Dilma Rousseff (PT) pode ter dois palanques no Estado.
Terá principalmente de contornar a resistência do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, que defende abertamente que os peemedebistas encabecem uma chapa com o PT na vice. Ainda mais se o candidato a governador for Iris Rezende, seu padrinho.
Isso para começo de conversa.
Leia mais sobre: Lênia Soares