Incerteza. Essa é a palavra que tem reinado no cenário político de Goianésia. O prefeito da cidade, Gilberto Naves (PMDB) tem até o dia 30 de junho para decidir se será candidato à reeleição ou indicará um nome. As informações são do jornal Diário do Norte.
Acompanhe a íntegra da matéria:
Candidatura à reeleição é dúvida
Gilberto Naves ainda não decidiu se enfrenta uma nova eleição ou se abandona de vez a política
Mais dúvidas do que certezas. Mais perguntas do que respostas. Desta forma pode ser definido o momento que vive o prefeito Gilberto Naves (PMDB) quando o assunto é o seu futuro político. Para agravar o quadro, o futuro já bate à porta do presente. Não é um futuro tão distante. Até 30 de junho, Gilberto precisa ter um nome para disputar a eleição, seja o seu ou o de algum aliado.
Em entrevistas, a aliados e a amigos, Gilberto tem repetido o mesmo discurso: que, aos 60 anos, entende que já cumpriu sua missão política e que não dispõe do mesmo apetite para encarar mais um embate eleitoral. A rotina de administrar uma cidade do porte de Goianésia por mais quatro anos seria muito desgastante, de acordo com Naves.
Gilberto teria, inclusive, aberto a temporada de caça ao nome ideal para sucedê-lo. Os postulantes não conseguiram convencer a militância. O vice-prefeito Renato de Castro (PTB), o secretário de Infraestrutura, Giovani Machado (PMDB) e o odontólogo Antônio Otoni (PT) estão longe de agregar a maioria do grupo. Gilberto teme ainda uma debandada dos partidos aliados para o ninho tucano. Há também o risco de evasão de candidatos a vereador caso o candidato não seja o prefeito.
Como se não bastassem as agruras naturais da administração, Gilberto tem sofrido muito pressão dos aliados políticos. Centenas de militantes que trabalharam para eleger Gilberto hoje ocupam algum cargo na esfera pública. A manutenção do posto depende de vitória nas urnas. Esse componente também tem sido colocado na mesa no momento que lideranças cobram de Gilberto mais um “sacrifício”.
No plano político, Gilberto sabe que precisa ser reeleito ou fazer o sucessor para cumprir com louvor sua missão. Prefeito de 1993 a 1996, não conseguiu eleger Giovani Machado como seu sucessor. Forneceu munição aos adversários, que colocaram em dúvida o êxito de sua gestão. Ser reeleito ou eleger um aliado é o mesmo que conquistar aprovação popular da gestão.
Mas nem só de política vive a cabeça de Gilberto. Calejado pelo tempo, ele tem revelado que deseja investir em outras áreas como a literatura. Tem planos de publicar livros de poesia e de contos. Os apelos da família também começam a ser ouvidos. A retomada da brilhante carreira de advogado também é algo que pesa. Gilberto não esconde o cansaço com a vida pública. Após 30 anos de dedicação, ele entende que chegou o momento de sair de cena.
Nas bolsas de apostas da cidade, pouca gente acredita que Gilberto Naves levará a cabo seu propalado plano de se aposentar da vida política e virar escritor. Para a maioria, no entanto, não chega a ser blefe. Gilberto iria ceder aos apelos dos correligionários e ter seu nome mais uma vez na urna eletrônica. Fiel ao seu estilo de esconder o jogo, Gilberto deixa as apostas aumentarem para no momento que considerar certo, dar o veredicto. (Diário do Norte)
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