A ex-empresária e motorista de aplicativo de Goiânia Rosana Maciel Gomes, 51, condenada a 14 anos de prisão pelos ataques de 8 de janeiro de 2023 no Brasil, foi deportada dos Estados Unidos nesta segunda-feira (4). A informação foi publicada pelo site Achei USA, dirigido à comunidade brasileira que vive nos EUA.
A deportação estava prevista para sexta-feira (1º) mas a aeronave aonde viria com outros deportados apresentou problemas técnicos, segundo informações do Ministério de Direitos Humanos ao site. Não foi indicado para qual presídio ela seria encaminhada.
Após a condenação, Rosana ficou conhecida também porque com outras três brasileiras – Cristiane da Silva, Raquel de Souza Lopes e Michely Paiva Alves -, acabou sendo presa na fronteira do México com os EUA, em janeiro de 2025.
Segundo o site, as outras três seguem presas e aguardam definição das datas para serem deportadas ao Brasil.
Elas tinham percorrido cerca de 10 mil km tentando escapar da Justiça brasileira onde respondiam por participação nos atos golpistas. As quatro estavam detidas por entrada ilegal no país para onde tinham ido sem acreditar nas promessas do presidente Donald Trump de que faria uma extradição em massa de estrangeiros em situação irregular nos EUA.
Como elas fugiram
As quatro mulheres deixaram o Brasil no primeiro semestre de 2024 e buscaram refúgio na Argentina. Com o avanço dos pedidos de extradição emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), decidiram fugir para os Estados Unidos no final do ano passado. O objetivo era solicitar asilo político, apostando na nova administração republicana.
Como mostrou o Diário de Goiás em março, a primeira prisão ocorreu no dia 12 de janeiro, quando Raquel Souza Lopes tentou atravessar ilegalmente a fronteira pela cidade de La Grulla, no Texas. Já no dia 21, foi a vez de serem presas a goiana Rosana, Michely Paiva Alves e Cristiane da Silva, detidas ao ingressar em solo dos EUA pela região de El Paso, também no Texas.
Rosana chegou a conceder entrevista ao portal Uol enquanto estava presa e relatou condições precárias de detenção nos EUA. Segundo reclamou faltava atendimento médico e alimentação adequada.
Após participarem da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, as quatro foram acusadas e condenadas por crimes relacionados aos ataques, incluindo tentativa de golpe e associação criminosa.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Rosana e das demais condenadas.
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