Uma operação deflagrada na última quinta-feira (31), por meio da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), prendeu três pessoas de uma família cigana suspeitas de cometerem dezenas de assassinatos entre membros da própria família, além de 13 tentativas de homicídio.
Pascoal Dantas e Jonatas Dantas, além de um homem identificado como M.C.F pela polícia foram presos na Operação Nômade. Foram apreendidas quatro pistolas, um revólver e centas de munições.
Pascoal e Jonatas são suspeitos do assassinato de José Paulo de Almeida Dantas, no dia 2 de novembro do ano passado, em Eunápolis (BA). M.C.F é suspeito de tentativa de homícidio que deixou a vítima tetraplégica em Goiânia.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos integram uma família cigana, cujos membros se matam há gerações em vários estados do país quando se encontram. Além da Bahia e Goiás, há relatos de crimes no Tocantins, Maranhão, Rondônia e Distrito Federal..
Conforme a investigação, em 2017, os irmãos Pascoal e Luciano Dantas sequestraram seu primo Iranildo Gama Queiroz e exigiram R$ t milhões para liberá-lo. O pai da vítima pagou R$ 500 mil. Porém, Iranildo foi morto, esquartejado e teve sua cabeça enviada para seu pai.
Ainda em 2017, outro irmão, Nivaldo Dantas, tentou matar Pascoal e, na mesma ocasião, matou Gabriel Dantas, filho de Pascoal e genro do próprio Nivaldo.
Em 2018, em Palmas, Zanata Dantas, pai de Iranildo, contratou pistoleiros para que matassem o maior número possível da família de Luciano e Pascoal. Na emboscada, Luciano, sua esposa Vilma e seu irmão, Florisvaldo Dantas, escaparam feridos, mas o filho João Vitor morreu a caminho do hospital. Luciano foi assassinado meses depois em Rondônia.