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Fake news atrapalham crise no RS para 65,2% dos gaúchos, aponta pesquisa Atlas/CNN

Divulgada na quinta-feira (23), uma pesquisa Atlas/CNN revela que a maioria da população gaúcha (65%) considera que as fake news estão atrapalhando o gerenciamento da crise causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Desde quinta voltou a chover no estado, aumentando a tragédia.

Contra os 65% de gaúchos que consideram que as fake news atrapalham, 24,7% dos entrevistados, disseram que a disseminação de mentiras envolvendo a tragédia e o atendimento à população não tem atrapalhado a gestão da crise no estado, conforme apresentado na pesquisa. Outros 10,1% não souberam responder.

Foram ouvidas 3.920 pessoas, online, entre os dias 14 e 21 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, conforme divulgou a CNN Brasil.

Investigação sobre as fake news

O governo gaúcho, o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil investigam desinformações sobre as enchentes que atingem o estado. Notícias falsas, perfis fakes e golpes on-line se proliferaram nas redes sociais em meio à tragédia no estado e atrapalham o trabalho das equipes de salvamento.

Além disso, na segunda-feira (20), a Advocacia-Geral da União (AGU) e plataformas digitais assinaram um acordo para combater a divulgação de informações falsas relacionadas às enchentes.

O protocolo tem como objetivo garantir que as informações sobre a calamidade que circulam nas plataformas sejam corretas e confiáveis.

Pesquisa avalia cobertura da mídia

A pesquisa Atlar/CNN também avaliou a  cobertura midiática sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Os gaúchos apontaram que ela tem positivos, mas também houve pontos negativos em alta grau de avaliação.

A maior parte avalia positivamente a abrangência (51%) e a sensibilidade/empatia nas reportagens (46%). Porém, um número alto (41%) reclama da falta de isenção política na cobertura.

Mais chuva assusta população

Após vários dias sem chuva, a cidade de Porto Alegre teve um dia de precipitação prolongada e intensa ao longo de toda a quinta-feira (23) e amanheceu com novos alagamentos nesta sexta (24).

Ruas e avenidas em alguns bairros, especialmente no centro-sul e sul da capital, que já tinham secado após as enchentes do início do mês, voltaram a ficar inundados e pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas, mostrou reportagem de Pedro Rafael Vilela, enviado especial da Agência Brasil à região.

Segundo o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) da capital, nas áreas onde não há estação de drenagem, a chuva deságua por gravidade nos córregos. “Como o nível destes arroios está elevado, as águas da chuva não têm para onde escoar. Por isso, acabam retornando pelas bocas-de-lobo”, informou o órgão, em postagens nas redes sociais.

Limpeza interrompida

O entulho acumulado nas ruas e em bueiros e o funcionamento parcial das casas de bombeamento, como no bairro Menino Deus, também contribuíram para as inundações. O nível da água subiu rapidamente e afetou até mesmo bairros que não haviam sido atingidos até então. No centro histórico da cidade, o Mercado Público, que passava por limpeza, dispensou os funcionários por precaução. A água alagou o entorno, mas não voltou a invadir realmente o local.

Em coletiva de imprensa, o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo, disse que a gestão municipal sabia que havia a possibilidade de mais chuva forte e não foi pega de supressa.

Ele anunciou a suspensão das aulas em Porto Alegre e o fechamento das comportas do Guaíba, porque a água parou de escoar e voltou a entrar na cidade. Algumas escolas podem funcionar como abrigo temporário enquanto estiverem fechadas para os estudantes.

Mortos e doentes

A tragédia climática causou a morte de 165 pessoas. Outras seis morreram de leptospirose contraída nas águas e lama contaminada. Os casos confirmados da doença já somam 129, mas existem mais de 500 sob suspeita sendo investigados.

Até o momento o saldo da tragédia também contabiliza 75 pessoas desaparecidas, 806 feridas e 653,1 mil pessoas fora de casa.

Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.

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