05 de dezembro de 2025
DECISÃO • atualizado em 29/09/2025 às 13:51

Ex-servidor da Alego é condenado a 8 anos por sequestro ligado a criptomoedas

Josemar Alencar Linhares, ex-comissionado da Assembleia de Goiás, foi apontado como mentor do crime contra empresário de São Paulo
Josemar Alencar Linhares, foi condenado como mentor do crime contra empresário de São Paulo - Foto: reprodução
Josemar Alencar Linhares, foi condenado como mentor do crime contra empresário de São Paulo - Foto: reprodução

O ex-servidor comissionado da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Josemar Alencar Linhares de Oliveira, foi condenado a mais de 8 anos de prisão acusado de ser o mentor do sequestro de um empresário do ramo de criptomoedas de São Paulo.

Durante o julgamento, o réu negou envolvimento, mas o Judiciário entendeu que ele premeditou e orquestrou o crime para ter acesso aos criptoativos que o empresário possuía. A vítima veio de São Paulo atraída pela possibilidade de fazer negócios de oferta de crédito com apoio do então servidor da Assembleia que alegava ter bom trânsito entre empresários.

Confronto e mortes

Durante o sequestro, dois homens que seriam parceiros do acusado morreram em confronto com policiais militares. Um terceiro fugiu enquanto eles levavam o empresário de carro por uma rodovia sob a mira de armas e encontraram uma barreira da PM.

A vítima teve cerca de R$ 7 mil sacados de forma imediata e saiu ilesa graças a abordagem dos PMs. A investigação apontou que ele seria executado após os criminosos conseguirem sacar mais dinheiro.

Prisão e extradição de Miami

Ex-servidor da Diretoria de Comunicação Digital da Alego e ex-candidato a vereador pelo antigo PSL, Alencar Linhares, como também é conhecido, foi preso preventivamente em Miami, na Flórida (EUA), e trazido de volta ao Brasil no início de julho, dois dias após, segundo a Polícia Civil de Goiás, ter fugido país.

Durante a audiência, ele negou também que tivesse saído do país para evitar a Justiça. Alencar Linhares alegou que pretendia visitas os filhos que moram fora e que a viagem tinha sido planejada antes e remarcada.

A Alego divulgou que o réu não pertence mais ao órgão, tendo sido excluído dos quadros antes mesmo da condenação. Ele foi exonerado logo após o escândalo da prisão e deportação.


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