29 de agosto de 2024
Brasil

“Estou interessado em saber quem mandou me matar”, diz Bolsonaro sobre Marielle

(Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
(Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

“Espero realmente que a apuração tenha chegado de fato a esses [dois presos], se é que foram os executores, e o mais importante quem mandou matar”, afirmou o presidente, respondendo à pergunta de um jornalista, nesta terça, ao ser questinado sobre a prisão de dois acusados do assassinato de Marielle Franco. 

Em uma operação conjunta, o Ministério Público e a Polícia Civil do Rio de Janeiro prenderam nas primeiras horas de hoje Ronnie Lessa, sargento da Polícia Militar da reserva, e Elcio Vieira, ex-policial militar.

Segundo Bolsonaro, passou a conhecer a vereadora após seu assassinato. “Eu conheci a Marielle depois que ela foi assassinada. Não conhecia ela apesar de ela ser vereadora lá com o meu filho no Rio de Janeiro. E também estou interessado em saber quem mandou me matar”, disse.

Investigações

Após a cerimônia no Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que o governo federal tem contribuído com a apuração do assassinato de Marielle por meio da investigação da Polícia Federal, com um grupo criado pelo então ministro de Segurança Pùblica, Raul Jungmann.

“É um grupo da Polícia Federal investigando a tentativa de obstrução e manipulação dessa investigação no passado. Certamente, essa investigação da Polícia Federal contribuiu bastante e está contribuindo para que se chegue a um melhor resultado investigatório nesse caso, um grave assassinato da senhora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes. É um crime que tem que ser investigado por completo e os responsáveis levados à Justiça”, afirmou Moro.

A defesa

Os advogados de Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, negaram hoje (12) o envolvimento de seus clientes no caso. Logo após a prisão, Lessa e Viana receberam a visita dos advogados, na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ambos os suspeitos estão na delegacia, mas se recusaram a prestar depoimento, de acordo com informações divulgadas por policiais no início desta tarde. 

“O Elcio não estava nem nesse dia. Eu tenho certeza de que não tem foto dele no carro e muito menos gravação dele nesse dia lá. E tenho certeza de que a vítima que sobreviveu não vai reconhecer o meu cliente”, disse Luís Carlos Azenha, advogado do ex-policial militar.

Viana foi expulso da corporação após ser preso na Operação Guilhotina, que investigou policiais civis e militares acusados de corrupção e de manter ligações com traficantes. “Ele não foi condenado na Operação Guilhtiona. Ele estava pleiteando o seu reingresso na PM”, contestou Azenha.

Informações

O advogado de Lessa, Fernando Santana, disse que só conversou com seu cliente rapidamente depois da prisão e que ele nega a participação no crime. “Ele nega de forma veemente que tenha feito qualquer tipo de assassinato. Ainda vou ter acesso ao inquérito, não tive oportunidade de ter. Primeiro estava em segredo de justiça, agora que nos peticionamos, eu e minha equipe, pra poder ter ideia de como chegou à prisão do Ronie Lessa”.

Durante toda a manhã, carros carregados de documentos chegavam à delegacia da Barra da Tijuca. Frutos da execução de 34 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.

Pela manhã, houve a informação que Lessa e Viana teriam prestado depoimento. Mas, no começo da tarde, policiais disseram que eles se negaram a prestar esclarecimentos.  (Com informações da Abr)


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