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Categorias: Política
| Em 13 anos atrás

“Estava angustiado no PMDB”, diz Vanderlan, que reclama também de Paulo Garcia

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O amor, que era pouco, se acabou. Quatro dias após seu primeiro aniversário no PMDB, Vanderlan Cardoso justificou sua desfiliação partidária, assinada nesta terça-feira, 19, pela incompatibilidade dos projetos políticos pessoais e partidários. O ex-prefeito de Senador Canedo quer ser governador do Estado. Iris Rezende também. Se é difícil contra ele, com ele é impossível.

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 Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 20, Vanderlan se esforçou para deixar claro que não há ressentimentos com o posicionamento político de Iris Rezende. “Procurei o ex-governador para agradecer a oportunidade de compor o seu partido, mas precisava sair”, disse. Entre uma resposta e outra, porém, escaparam gotas de insatisfação. “Dentro do PMDB várias promessas me foram feitas. Algumas foram cumpridas, outras, não. Eu estava angustiado, não me sentia confortável”, acrescentou.

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Vanderlan aparentou ar de tranquilidade e confiança em sua decisão. Toda apreensão que foi, por várias vezes, evidenciada no relacionamento com o partido, parece ter sido deixada para trás. O ex-prefeito se diz revigorado e preparado para o embate pelo Executivo estadual. “Saio do PMDB com mais ânimo para enfrentar essa disputa.” Ele também reafirmou que se manterá como oposição ao governo Marconi Perillo (PSDB), sem possibilidade de alinhamento.

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Em seu discurso, Vanderlan enfatizou as dificuldades de incluir todo o grupo que o apoiou na campanha de 2010 no projeto peemedebista. Fez mais: usou este argumento como o principal para sua decisão, embora a própria coletiva tenha revelado muito mais que isso. “Eu não poderia abandonar companheiros, como a deputada Flávia Moraes (PDT), que chegou a desmaiar em campanhas por excesso de trabalho e falta de alimentação”, explicou.

O problema aí é a proibição do partido no estabelecimentos de alianças com legendas como o PSD. Para o PSD foram peemedebistas como os deputados federal Thiago Peixoto e estadual Franscisco Júnior, daí o veto para coligações. O problema é que para o mesmo PSD foram companheiros importantes de Vanderlan, nomes que o ajudaram no primeiro turno da disputa pelo governo, em 2010. Um exemplo, o que citou: Flávia Morais. A solução para o impasse: Vanderlan saiu.

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O caminho escolhido por Vanderlan demonstrou habilidade empresarial e política. Pragmático e diplomático. Saiu descontente no que se refere à concretização do seu objetivo, mas apresentou discurso contido e com recados bem direcionados. O principal: ao prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT). “Aprendi muito no PMDB, mas não atendeu às minhas necessidades. Vou estudar minha filiação em outras siglas”, disse. “Quanto à disputa pelo Executivo goianiese, não tenho apoio definido. Já conversei com vários pré-candidatos, mas o prefeito Paulo Garcia ainda não me procurou.”

Em relação a Paulo Garcia, ficou evidente que Vanderlan se sente ignorado. Ele deixou claro que sempre defendeu candidatura própria do PMDB na capital, mas que seguiria a orientação partidária. Agora, no entanto, está pronto para conversar com todos. Contou, inclusive, que foi procurado pelos pré-candidatos Anderson Máximo, do DEM, e Isaura Lemos, do PcdoB. Da parte de Paulo Garcia, ao contrário, nenhum contato, nenhum gesto concreto.

Sobre Senador Canedo, Vanderlan Cardoso contou que está definido o seu apoio ao pedetista Misael Oliveira. O atual prefeito, Túlio Sérvio (PSB), desistiu da reeleição para apoiar o nome bancado por Vanderlan. “Já fechamos com Misael. Em Goiânia, continuamos abertos”, insistiu, negando, inclusive, qualquer atrito com o vice-presidente do PSB, Júnior Friboi. Esse possível atrito chegou a ser noticiado quando da desistência de Túlio em disputar a reeleição. Friboi teria, então, estimulado o lançamento de um nome do PDT, sem consultar Vanderlan. O episódio está, garante, superado. PSB e PDT estarão juntos na cidade, insistiu.

A coletiva de imprensa lotou a sala de reunião do Adress Hotel, em Goiânia. Acompanharam Vanderlan Cardoso, o ex-presidente do Dnit, Alfredo Soubihe Neto, o prefeito Túlio Sérvio, o candidato Misael Oliveira, os presidentes do PDT, George Morais, além de vereadores de partidos que cobiçam o novo “sem partido”.

(Foto: LéoIran/Fotoshows)

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