O ex-presidente do Ipasgo, Sílvio Fernandes vai assumir cargo de direção na Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado (Codego) O governador Ronaldo Caiado (DEM) explicou que o estatuto do órgão será revisado, após supostas irregularidades em venda de área no Distrito Agroindustrial de Anápolis, para a empresa ETS de Matheus Henrique Aprígio Ramos, filho do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Ronaldo Caiado cirtou as mudanças realizadas pelo Conselho de Administração da Codego em dezembro de 2017, para permitir acordo para construção de shopping. A época as mudanças haviam sido feitas pelos conselheiros João Furtado de Mendonça Neto, Júlio Vaz, Sérgio Cardoso e Danilo de Freitas. Caiado detalha a função de Sílvio Fernandes no órgão. O governador avalia de eu de acordo com o estatuto não ocorreu irregularidade, mas o problema foi a alteração nas regras.
“Primeiro porque o Sílvio sabe a maneira que trabalho. Dentro do estatuto da Codego não existia nenhuma irregularidade. Mas quem provocou a mudança no estatuto? O cunhado do ex-governador, o ex-presidente Júlio Vaz, o outro que chama Furtado e um quarto que não sei o nome dele. Foram os quatro que alteraram o estatuto da Codego, dia 26 de dezembro de 2017, uma data especial que incluíram a possibilidade de incluir shopping center no Daia de Anápolis. O estatuto da Codego precisa ser mudado neste momento e voltar ao original e que é apenas ao setor Agroindustrial”, relatou Caiado.
Sílvio Fernandes, afirmou que ainda não está por dentro de uma forma detalhada sobre o que será preciso fazer na Codego. Ele relatou que vive um período de transição com a nova presidência do Ipasgo, órgão que acabou de deixar a presidência.
“Não sei ainda. Estamos na fase de transição, vou auxiliar o novo presidente na transição do Ipasgo. A ideia é essa”, relatou Sílvio Fernandes ao Mais Goiás.
A Codego é o órgão estadual responsável por fazer a gestão de terrenos do Daia e fez a negociação de duas áreas de 22 mil metros quadrados por R$ 53.424,62 com a empresa ETS de Matheus Henrique Aprígio Ramos.
A companhia teria ignorado parecer do ex-presidente da instituição, Pedro Sales que hoje está na Goinfra e da Controladoria Geral do Estado (CGE). Os pareceres da própria Codego e da CGE apontam, entretanto, que a área está avaliada em R$ 5 milhões e que a ETS, para fazer a aquisição, deveria fazer uma demonstração de capacidade financeira.
Silvio vai para a Codego para auxiliar Hugo Goldfeld, que recentemente assumiu a presidência da companhia. “Ele assumirá ainda em hoje a Diretoria da Codego, continuará o seu trabalho e poderá ser transferido a outro órgão do estado, assim como tenho feito com alguns dos meus secretários e às vezes serem chamados para outras situações que sentir necessário”, completou Caiado.
No último dia 27 de junho, Matheus Henrique Aprígio Ramos ganhou na Justiça o direito de manter contrato de aquisição de lotes negociados com a Codego para construção de shopping no DAIA. A liminar foi concedida pela juíza Elaine Christina Alencastro Veiga Araújo, da 3a. Vara Cível da Comarca de Anápolis.
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