Ernesto Araújo pediu demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores nesta segunda-feira (29). A informação foi divulgada primeiro pela TV Globo. O governo federal, porém, ainda não confirmou a saída de Araújo.
O ministro já teria comunicado a decisão a interlocutores próximos e levado o pedido ao presidente Jair Bolsonaro.
Já há semanas integrantes do Congresso Nacional vinham pedindo a demissão do chefe do Itamaraty. Deputados e senadores diziam abertamente que ele perdeu a capacidade de diálogo na diplomacia, citando, inclusive, o fracasso na negociação para liberação de insumos para produção de vacinas contra a covid-19. O próprio governador Ronaldo Caiado já havia acusado a dificuldade de mantê-lo no cargo.
Ele protagonizou atritos com a China, principal parceira comercial do país. Por diversas vezes, ele classificou o coronavírus como “vírus chinês” e se tratou o país oriental com tom jocoso.
O fato mais recente que contribuiu para a queda do chanceler foi o ataque público à senadora Kátia Abreu. No Twitter, ele escreveu que, no início do mês, em um almoço, a parlamentar, presidente da comissão de relações exteriores, lhe disse que ele seria o “rei do Senado se fizesse um gesto em relação ao 5G”.
Kátia Abreu respondeu a postagem do ministro e disse que é “uma violência resumir três horas de um encontro institucional a um tuíte que falta com a verdade”.
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