O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás, Marcelo Baiocchi defendeu em entrevista ao Diário de Goiás nesta segunda-feira (03/04) a Comissão Especial de Inquérito que apura eventuais irregularidades na Comurg, mas considera precipitada a convocação de empresários num momento em que o escrutínio ao órgão municipal está em fase inicial.
Na visão dele, não dá para repetir o que ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) quando empresários foram “expostos” durante a Comissão Especial de Inquérito que apurou eventuais irregularidades em incentivos fiscais por parte do Governo Estadual.
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“Não pode expor o empresário, empresa e marca desnecessariamente”, destacou. Para ele, as convocações são válidas, desde que haja um escrutínio completo na Comurg. “Depois de ter fatos que justifiquem convocar ou convidar uma empresa para poder falar na CEI”, pontua.
Antes disso, convocações podem resultar em danos ao setor produtivo. “Não pode expor o empresário, empresa e marca desnecessariamente. Sou a favor da CEI e de investigar o que deve ser investigado, mas convocação de empresa e empresário, marca, até porque vários empresas fazem negócios com multinacionais que constam em seus contratos regras de Compliance, e situações análogas a essa de exposição de marca pode até perder contrato com multinacional, eu entendo que a convocação de empresas deveria acontecer somente após investigar após toda a Comurg”, reforça.
De todo o modo, Baiocchi garante que o setor produtivo espera que a CEI possa resultar numa melhora de serviços por parte da Comurg e se mostra tranquilo diante de eventuais impactos políticos que os vereadores podem provocar ao Paço Municipal. “Não temos nada a preocupar, muito pelo contrário, entendemos que a Comurg por ser uma empresa que presta serviços no município, queremos que esses serviços sejam melhores prestados e se a CEI vier para fortalecer e melhorar os serviços somos mais favoráveis ainda. O que não pode fugir são os princípios”, destaca.
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