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Economia
| Em 3 anos atrás

Empresários esperam forte alta nos preços dos combustíveis

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Os consumidores goianos devem, em breve, sentir um forte reajuste nas bombas. Empresários preveem que a Petrobras deve anunciar nos próximos dias uma elevação do valor dos combustíveis nas refinarias, o que vai impactar no preço para o consumidor final.

Tudo isso ocorre num cenário de grande valorização do Brent, indicador internacional do petróleo, que nesta segunda-feira (7) supera os US$ 120. No pico da cotação, o produto chegou a US$ 140, valor mais alto desde 2008. Desde o início da guerra na Ucrânia, houve um reajuste de mais de 25% no valor.

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Com isso, a expectativa é de elevação a qualquer momento. “Estamos na iminência de um anúncio de reajuste por parte da Petrobras. Esse aumento está represado. Há uma defasagem de 25% em relação ao mercado internacional. Não sabemos quando e de quanto será o reajuste, mas ele é certo”, frisa o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados do Petróleo em Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade.

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Analistas de mercado apostam numa valorização acima de R$ 1 do preço da gasolina, por exemplo, de uma só vez, o que faria o combustível passar dos R$ 7 e se aproximar de R$ 8.

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Tudo isso ocorre a despeito do congelamento do ICMS cobrado sobre os combustíveis. Os estados e o Distrito Federal mantêm o preço base para cobrança do tributo congelado desde novembro. A medida tem validade até o fim de março.

Em Goiás, por exemplo, o preço na cobrança da gasolina é de R$ 6,55 e R$ 4,77 do etanol. Embora hoje postos cobrem valores mais baixos, especialmente sobre o etanol, o valor segue congelado, até porque se espera uma forte alta nas próximas semanas.

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Congresso discute projetos

Quando ampliaram o congelamento do ICMS, em janeiro, os secretários de Fazenda dos estados alertaram para a necessidade de atuação da União para tentar baixar os preços. Nesta quarta-feira (9), o Senado deve analisar duas propostas relacionadas aos combustíveis.

Um dos projetos  determina alíquota unificada e em valor fixo para o ICMS sobre combustíveis em todo o país, enquanto outro cria uma conta para financiar a estabilização dos preços. Por falta de acordo, os dois projetos tiveram votação adiada no último dia 23.

Alguns senadores apontaram possíveis prejuízos aos estados, outros manifestaram preocupação com o preço ao consumidor. No dia 16, as propostas já tinham sido retiradas de pauta para que o relator, Jean Paul (PT-RN), construísse um texto consensual. 

Diante da escalada do preço do barril de petróleo registrado nos últimos dias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o relator reforçaram a urgência na aprovação das medidas.

Para o presidente do Sindiposto, o colchão, contudo, não vai impedir um preço mais alto nas bombas.

“Se isso for aprovado no Congresso, haverá um amortecimento, mas não evitará um reajuste. A defasagem é muito maior do que qualquer benefício. O que vai acontecer é uma compensação”, apontou.

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