Um relatório divulgado pelo observatório europeu Copernicus (C3S) nesta segunda-feira (08), março de 2024 foi o mais quente já registrado, contabilizando o 10º mês consecutivo de recorde de calor. O observatório ainda informou que entre abril de 2023 e março de 2024 foram registrados os 12 meses mais quentes do planeta, com temperatura 1,58°C acima da médica da era pré-industrial.
Segundo os cientistas, as principais causas do calor acima da média são as emissões dos gases de efeito estufa e o El Niño. Com isso, as mudanças climáticas foram notadas em diversos pontos do planeta nos últimos meses, como por exemplo na área amazônica sob o controle da Venezuela que sofreu com incêndios florestais e o sul da África que teve colheitas destruídas.
Recordes de temperatura
Primeiro, foi registrado o mês de junho mais quente da história, com a marca sendo quebrada a cada mês subsequente, ou seja, julho também quebrou o recorde, bem como agosto, setembro, outubro, novembro e assim sucessivamente. Antes do final do ano passado, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5°C atingiu um novo máximo.
Além disso, o mundo também registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial. Há ainda estimativa de que julho passado tenha sido o mês mais quente em 120 mil anos.
El Niño
Em fevereiro deste ano, meteorologistas afirmaram que o El Niño já devia estar na fase final, mas que os efeitos ainda seriam sentidos até abril, com a expectativa de que as temperaturas do Oceano Pacífico voltem ao normal entre abril e maio. O fenômeno é caracterizado por aumentar a temperatura das águas em mais ou igual a 0,5°C, com duração média de doze meses, impactando na temperatura global.
O pico do El Niño aconteceu entre dezembro e janeiro, em que foram registrados os maiores níveis de aquecimento do Oceano Pacífico. Mesmo depois do ápice, as temperaturas continuam evidentes.