10 de agosto de 2024
Eleições 2022 • atualizado em 16/06/2022 às 19:17

Em Goiânia, Bolsonaro está oito pontos à frente de Lula

Levantamento mediu votos apenas em Goiânia, ignorando os outros municípios do estado
No fim de maio, Bolsonaro esteve em Goiânia e participou de motociata com apoiadores (Foto: Alan Santos/PR)
No fim de maio, Bolsonaro esteve em Goiânia e participou de motociata com apoiadores (Foto: Alan Santos/PR)

Pesquisa Voga, encomendada pela Gazeta, divulgada nesta quarta-feira (15/06) mostra que se as eleições para presidente da República fossem realizadas apenas em Goiânia, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) seria reeleito com 8,5 pontos de diferença para o candidato do PT que tenta voltar ao Palácio da Alvorada, Luiz Inácio Lula da Silva.

No cenário que mostra as intenções estimuladas de voto, isto é, quando os nomes são citados pelos entrevistadores aos entrevistados, Jair Bolsonaro teve 36,17% das intenções dos eleitores enquanto Lula foi citado por 27,67%. Ciro Gomes, como no restante do país aparece em terceiro mas com margem um pouco menor: 6, 33%. A pesquisa confirma aquilo que todos sabiam: a terceira via não vingou em nenhum lugar.

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A senadora Simone Tebet (MDB) tem 0,83% das intenções de voto, seguida por José Maria Eymael (DC) e Eduardo Leite (PSDB), empatados com 0,67%. O último sequer passou das prévias do PSDB que já abandonou a pré-candidatura própria e articula abraçar Simone Tebet no curso eleitoral. O deputado federal André Janones (Avante), com 0,50% e o coach e influenciador Pablo Marçal (Pros), com 0,33%, completam a lista.

O levantamento mostra que há muitos indecisos ou com tendência a anular seus votos na capital. 12,33% não sabem ou não responderem em quem irão votar. 7,67% pretendem votar nulo. 5,33% disseram que não vão votar em ninguém. 1,50% dizem que irão apertar o botão branco no dia das eleições.

Pesquisa espontânea: Bolsonaro polariza com quem não sabe em quem vai votar

Quando o levantamento mede o cenário espontâneo, aquele que os nomes dos pré-candidatos não são mencionados pelos entrevistadores, Bolsonaro se estabelece na primeira posição com 33,33% enquanto na segunda posição aparece aqueles que não sabem em quem vão votar ou não opinaram: 30,17%. O ex-presidente Lula fica na “terceira” posição com 24,33%. 

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Neste cenário, Ciro Gomes aparece atrás da dupla mas com bem menos intenção de voto: 3,67%. Aqui, André Janones tem 0,67% dos votos e Pablo Marçal tem 0,33%. A “terceira via” fica na lanterninha com Simone Tabet e Eduardo Leite, ambos com 0,17%. Os que votam nulo são 7,17%.

Avaliação da administração Bolsonaro: 28,67% consideram péssimo; 15,33%, ótima

A pesquisa também mediu o grau de aprovação dos goianienses sobre a gestão do presidente Jair Bolsonaro. 28,67% dizem que consideram péssima enquanto 15,33% avaliam que é ótima. 19,33% já dizem que o presidente faz um governo regular e 19,17% pontuam que sua administração é boa. 13% avaliam que Bolsonaro faz uma gestão regular enquanto 4,50% não sabem ou não opinaram

O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 4% para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com nº BR – 08512/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral sob o nº GO – 00614/2022.

Em Goiânia, Bolsonaro criticou pesquisas eleitorais

Apesar de liderar na capital, a última vez que esteve em Goiânia, no fim de maio, Bolsonaro voltou a questionar as pesquisas de intenção de voto. O liberal aparece em segundo lugar nas intenções de voto do Instituto Datafolha, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que aparecia com folga frente ao atual presidente. 

Em um breve comentário ao Jornal O Popular, Jair Bolsonaro questionou se os jornalistas acreditavam na pesquisa divulgada na última quinta-feira (26). “Vocês acreditam no Datafolha? Pelo amor de Deus”, indagou Bolsonaro. As críticas têm sido comuns. Em abril deste ano o liberal afirmou que “nenhuma pesquisa acertou em 2018 e não vai ser agora que vai acertar também”. O Instituto, no entanto, foi o que mais se aproximou do resultado das eleições de quatro anos atrás.


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