Em depoimento à Comissão Especial de Inquérito que apura eventuais irregularidades na Comurg, o diretor do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais (Imas), Ricardo Pinheiro Dourado destacou nesta segunda-feira (27/03) que a dívida que a companhia tem com o Instituto chega a R$ 10 milhões.
Quase todo o valor da dívida (R$ 8,8 milhões) são referentes a 2022, mas há um acordo de parcelamento firmado oito vezes. A primeira parcela vence na próxima sexta-feira (31/03). Outro débito de R$ 1,3 que deveria ser pago no dia 14 de março não foi pago, destacou Dourado.
O grosso da dívida refere-se a pagamentos que ocorreram entre janeiro e outubro do ano passado, mas os diretores já negociaram a dívida para pagamento cinco meses antes da celebração dos valores. Ele ainda destacou que entre 2015 e 2017 houveram atrasos mas que acordos também foram feitos para regularizar a situação e as dívidas quitadas.
Apesar dos atrasos, o diretor do Imas garantiu que os serviços médicos aos prestadores de serviço da Comurg não foram interrompidos. Um dos objetivos da Comissão é apurar a falta de repasse para o Imas, às dívidas com fornecedores e possíveis fraudes em contratos da companhia.
Anteriormente o presidente da Companhia, Alisson Borges, já foi ouvido em audiência anterior e constatou-se que a empresa possui déficit milionário, sem precisar o tamanho da dívida com o Imas e outras instituições, além de confirmar que a companhia fez pagamentos antecipados de obras que não foram concluídas, de recursos de emendas parlamentares.
O presidente da CEI, o vereador Ronilson Reis (PMB), afirma que a expectativa é que a investigação possa trazer à tona mais informações sobre as finanças da empresa e ajudar a responsabilizar aqueles que agiram de forma irregular.
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