A Prefeitura não vai mais autorizar o gasto de R$ 151 mil para a compra de 11 mil fogos de artifício destinados a espantar urubus no aterro de Goiânia. Nesta quarta-feira (22), após polêmica sobre a estratégia, o prefeito Sandro Mabel anunciou que a aquisição vai ser substituída por outro método.
Segundo ele, vão ser usados tiros de ar comprimido, através de uma rede que vai simular o mesmo som dos rojões “sem ser necessário o foguete”.
De acordo com o prefeito, a nova estratégia que será adotada também inclui uma gravação do grito ou assobio de uma águia que será reproduzido no sistema de sonorização do aterro. As águias competem por alimentos e por isso são temidas pelos urubus.
“Vamos modernizando essas coisas”, resumiu o prefeito durante entrevista nesta quarta.
Comurg defendeu técnica com rojões
A compra havia sido encaminhada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que homologou um pregão eletrônico contratando a empresa ABA Mercantil S/A para o fornecimento dos fogos conforme demanda.
Publicado no Diário Oficial do Município, na edição de segunda-feira (20), o pregão seria para adquirir rojões do tipo 12×1 tiros (12 sinais sonoros regulares e uma explosão maior no fim) com apito.
A Comurg chegou a sustentar que a opção pelos fogos é uma forma técnica de controle de vetores e pragas “já adotada na rotina operacional de aterros por todo o País, para atender exigências legais, ambientais e sanitárias”.
Mas a questão é legal. A Lei Estadual 21.657/2021, proíbe a “queima, soltura e manuseio de fogos de artifício e de artefatos pirotécnicos de alto impacto ou com efeito de tiro”, em território goiano. Além disso, a Delegacia Estadual do Meio Ambiente cobrou licenciamento para ação.
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