A única emoção da campanha na Capital hoje, está em tentar adivinhar quem vai chegar pior em outubro. Na prática, Paulo Garcia (PT) levou a melhor. Antes dele, nada definido. É a disputa rabo de cavalo.
Com o prefeito consolidado na liderança, resta a briga pela prata. A briga pelo menor desgaste. Pela menor derrota. Esta, Jovair Arantes (PTB) também corre um grande risco de perder.
Após cinco mandatos de deputado federal e diversas ameaças de candidatura, o nome do governo pode justificar as escolhas anteriores de sua base, quando foi o preterido dos preteridos.
Jovair perdeu sua primeira, e provavelmente última, oportunidade de chegar além do vice no Executivo goianiense. Não conhecerá o poder da canetada. É o que apontam os dados da pesquisa Serpes/OPopular, divulgados neste domingo.
O prefeito petista atingiu 60% dos votos válidos em Goiânia. Quase uma garantia de reeleição no primeiro turno. Contra a estagnação de Jovair na margem de erro, aparecendo com 11,4% das intenções.
É a primeira vez que vejo a rejeição transferindo votos. Além de Iris Rezende, Dilma e Lula em campanha para o crescimento de Paulo, o prefeito contou ainda com a rejeição do eleitor ao principal representante do adversário, o governador Marconi Perillo (PSDB).
Elias Júnior (PMN) ficou em quarto lugar, com 5,5%, e Simeyzon Silveira (PSC), com 4%. Isaura Lemos (PC do B) caiu. A comunista, que esteve em segundo lugar nas primeiras rodadas da pesquisa, agora está em quinto, com 2,4%. Ao que tudo indica, não estarão no segundo turno, pois ele não existirá.
Para muitos, porém, o atual cenário já é uma vitória política. Para Jovair não. Não poderia ser um pleito pior. Ainda assim, foi melhor que a negociação da candidatura antes mesmo de sua existência. Como assistimos tantas outras vezes.
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