21 de dezembro de 2024
Publicado em • atualizado em 13/02/2020 às 00:05

Desrespeito a Iris gerou crise no PMDB

Durante evento realizado na Fundação Ulysses Guimarães, em Goiânia, em 7 de julho, a ex-deputada federal do PMDB, Iris Araújo,  falou – em tom de desabafo – sobre o real motivo de Iris Rezende ter decidido não disputar à Prefeitura de Goiânia este ano e finalizar a carreira política. Sem citar nomes, ela dirigiu-se ao presidente do diretório metropolitano do PMDB, deputado Bruno Peixoto, e ao presidente do diretório estadual, deputado federal Daniel Vilela. Os nomes foram apurados nos bastidores da reunião.

Segundo Dona Iris, o peemedebista foi desrespeitado e atribuiu à juventude do partido como fato causador da crise política dentro da sigla. 

“Toda essa juventude que está aí, deputados, foi o Iris que fez, que colocou na Prefeitura, [eles] cresceram, conseguiram se eleger e depois voltam as costas para ele [Iris] como se fosse um trapo? Alto lá. Respeito é bom, ele gosta, eu adoro e tem que ter. Ele não foi respeitado aqui e não foi respeitado dentro do próprio partido”, afirmou.

Ainda durante o desabafo, Dona Iris disse que é uma sensação de tristeza não ter Iris nas eleições de outubro por conta do próprio partido. “Quero dizer sempre a verdade dos fatos e o que aconteceu com Iris, lamentavelmente, por conta do PMDB. Não do PMDB como um todo, mas de setores do PMDB que ancoraram na juventude, que pode deixar para trás uma história, um passado, uma luta”.

Ao final do vídeo ( Veja abaixo) que registrou o discurso – feito pelo jornalista Vonivar Campos – Dona Iris cita um ditado popular: “Quem pariu Mateus que o embale”.

Leia na íntegra o desabafo de Dona Iris:

“Quanto ao Iris, eu também sinto. É uma sensação de tristeza. Mas o que eu acho? Acho que está na hora… A juventude reclamou tanto: “Ah, o Iris não sai, o Iris não deixa”. Que não deixa? Toda essa juventude que está aí, deputados, foi o Iris que fez, foi ele que colocou na Prefeitura, cresceram, conseguiram se eleger e depois voltam as costas para ele como se ele fosse um trapo? Pera aí, alto lá. Respeito é bom, ele gosta, eu adoro e tem que ter. Porque quem tem história como ele… Hoje o Iris, é ele e Pedro Simon, talvez os dois últimos do PMDB que mereçam respeito e ele não foi respeitado aqui, e não foi respeitado dentro do próprio partido. É isso que eu queria dizer. Nós poderíamos estar vivendo… Não vim aqui para dizer isso, mas a lamentação é grande e eu tenho que dizer. Em hipótese nenhuma eu viria aqui para dizer isso, mas eu não posso me calar e não vou me calar. Sinto muito, sou aquela encrenqueira que todo mundo fala: “Ih, dona Iris é encrenca”. Sou. Sou encrenqueira, mas quero dizer sempre a verdade dos fatos e o que aconteceu com o Iris, lamentavelmente, por conta do PMDB. Não do PMDB como um todo, mas de setores do PMDB que ancoraram na juventude, que pode deixar para trás uma história, um passado, uma luta. Então, vou terminar, quem pariu Mateus que o embale”.

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