A eleição para a presidência, seccionais e representações em conselhos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Goiás – tem todos os ingredientes de uma campanha como outra qualquer. A parte mais perceptível é a disputa pela presidência entre Enil Henrique Filho(OAB Independente), Flávio Buonaduce (OAB Forte) e Lúcio Flávio (OAB Que Queremos). O encontro entre eles, realizado pela Vinha FM e pelo Diário de Goiás, marcou o ponto mais alto da campanha eleitoral, até agora.
No encontro, o primeiro da disputa, a presença mais notada foi do nervosismo e do alto tom nas críticas entre os candidatos a presidente. As acusações também elevaram a tônica do debate quanto à gestão da OAB e às alianças que cada um tem construído. Cada candidato levou críticas e distribui com a mesma dose (Veja a integra do Diário de Goiás).
Ao grupo OAB Forte, representado por Flávio Buonaduce, é dado um desafio de defender a continuidade de uma sequência de eleições vitoriosas. Ao novo grupo de Enil Filho, dissidente da OAB Forte, cabe a tarefa de defender uma administração curta, mas que teria instituído uma nova estrutura de gestão da instituição. Além disso, politicamente, cabe a ele constituir um grupo que funciona como uma espécie de terceira via.
Ao grupo de Lúcio Flávio, que reunião Renovação e Atitude, cabe o desafio de aproveitar uma aliança que fortalece a oposição de um grupo que, apesar de ter boa votação, não não conseguiu as vitórias eleitorais em disputas anteriores. Se a OAB Forte aproveitava da divisão da oposição, agora, o inverso mostra um novo quadro político. Aliado de Leon Deniz, que disputou a presidência em outras eleições, o grupo tem o desafio de lançar um nome novo.
Estes ingredientes políticos, o clima do debate, as articulações de uma campanha eleitoral curta e quente, os debates, as entrevistas e as pesquisas eleitorais alimentam a busca de votos que, como em outras eleições, tem orientação direta para a busca dos indecisos.
A disputa pelo voto dos advogados de todo o Estado de Goiás é um trabalho de articulação intenso, mas também um jogo de comunicação, de estrutura de campanha e de organização de propostas de governo. O debate deve ultrapassar os limites dos interesses internos e corporativos da advocacia, pois a instituição é uma prestadora de serviços para a sociedade.
Até a eleição do dia 27 de novembro, certamente, o clima político entre os candidatos tende a esquentar ainda mais. Com erros e acertos no meio do caminho, os disputantes podem reorganizar suas estratégias e elevar ainda mais a temperatuva da campanha. A OAB/GO, com orçamento de R$30 milhões por ano, e um patrimônio em torno de R$180 milhões, merece, uma disputa qualificada e que possa fortalecer a democracia na instituição.
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .