22 de dezembro de 2024
Brasil

Avaliação positiva de Dilma Roussef salta 5,9 pontos na pesquisa CNT/MDA

O governo da presidenta Dilma Rousseff teve melhora na avaliação positiva, de acordo com a 130ª Pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA), divulgada hoje (24). Dos entrevistados, 11,4% analisaram positivamente o governo e 62,4% de forma negativa.

A avaliação do desempenho pessoal da presidente Dilma Roussef saltou de 15,9% para 21,8%. A desaprovação caiu de 80,7% para 73,9% com uma queda de 6,8%.

ACESSE o relatório completo da pesquisa CNT/MDA

Na pesquisa anterior, divulgada em outubro de 2015, o governo foi avaliado de forma positiva por 8,8% dos entrevistados, 70% haviam avaliado negativamente e 20,4% consideraram o governo regular.

Na pesquisa divulgada hoje, a avaliação do governo é considerada péssima por 44,7% dos entrevistados e ruim por 17,7%. Para 1,7%, o governo é considerado ótimo, enquanto 9,7% o consideram bom. O governo é regular para 25,2% dos entrevistados.

Questionado sobre as expectativas em relação à educação, saúde e renda pessoal, em comparação com a pesquisa anterior, houve aumento da percepção de que vai melhorar e diminuição da avaliação de que vai piorar.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados se eles consideram que a presidenta Dilma está sabendo lidar com a crise econômica. Setenta e nove por cento responderam que ela não está sabendo lidar com a crise e 16,8% disseram que a presidenta está conduzindo bem a situação.

A pesquisa da CNT, encomendada ao Instituto MDA, entrevistou 2.002 pessoas de 137 municípios de 25 unidades da Federação entre 18 e 21 de fevereiro.

Eleições 2018

Eleição Presidencial 2018 1º turno: Intenção de voto espontâneaAécio Neves: 10,7%Lula: 8,3%Marina Silva: 3,9%Jair Bolsonaro: 3,2%Dilma Rousseff: 1,6%José Serra: 1,3%Geraldo Alckmin: 0,8%Outros: 2,5%Branco/Nulo: 17,7%Indecisos: 50,0%

1º turno: Intenção de voto estimuladaCENÁRIO 1: Aécio Neves 24,6%, Lula 19,1%, Marina Silva 14,7%, 

Jair Bolsonaro 6,1%, Ciro Gomes 5,8%, Branco/Nulo: 19,6%, Indecisos: 10,1%

CENÁRIO 2: Lula 19,7%, Marina Silva 18,0%, Geraldo Alckmin 13,8%, 

Ciro Gomes 7,4%, Jair Bolsonaro 6,3%, Branco/Nulo: 24,2%, Indecisos: 10,6%

CENÁRIO 3: Lula 19,7%, Marina Silva 17,8%, José Serra 14,5%, 

Ciro Gomes 7,2%, Jair Bolsonaro 6,4%, Branco/Nulo: 24,1%, Indecisos: 10,3%

2º turno: Intenção de voto estimulada CENÁRIO 1: Aécio Neves 40,6%, Lula 27,5%, Branco/Nulo: 25,7%, 

Indecisos: 6,2%

CENÁRIO 2: Aécio Neves 43,1%, Ciro Gomes 16,7%, Branco/Nulo: 31,6%, Indecisos: 8,6%

CENÁRIO 3: Aécio Neves 38,4%, Marina Silva, 26,6%, Branco/Nulo: 27,4%, Indecisos: 7,6%CENÁRIO 4: Ciro Gomes 29,1%, Lula 28,2%, Branco/Nulo: 34,3%, Indecisos: 8,4%

CENÁRIO 5: Marina Silva, 33,0%, Ciro Gomes 24,0%, Branco/Nulo: 33,7%, 

Indecisos: 9,3%

CENÁRIO 6: Marina Silva, 36,6%, Lula 26,3%, Branco/Nulo: 30,0%, 

Indecisos: 7,1%

Lava Jato e corrupção88,6% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações no âmbito da operação Lava Jato e que envolvem a Petrobras. Nesse grupo, 67,8% consideram que a presidente Dilma Rousseff é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 70,3% acham que o ex-presidente Lula é culpado. 59,5% não acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos. 75,7% consideram que o ex-presidente Lula poderá ser investigado.

Impeachment55,6% são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. 40,3% não.

Crise79,3% consideram que a presidente Dilma não está sabendo lidar com a crise econômica. 64,1% avaliam que em três anos ou mais será possível resolver a crise em que o país se encontra. 52,2% consideram que a crise mais grave atualmente é a econômica e 44,1% consideram que é a crise política.

62,1% consideram que o principal motivo da crise política brasileira é a corrupção, 17,2% avaliam que a culpa é da gestão da presidente Dilma Rousseff e para 12,2% a culpa é do Congresso Nacional.

ConsumoIntenção nos próximos seis meses:

Viagens/gastos com lazer e cultura: diminuir o consumo (59,5%), aumentar o consumo (7,2%), manter o consumo (21,9%).

Alimentação fora do lar (lanchonetes, restaurantes, bares): diminuir o consumo (57,9%), aumentar o consumo (7,5%), manter o consumo (23,9%).

Artigos de vestuário (roupas, calçados): diminuir o consumo (53,6%), aumentar o consumo (8,5%), manter o consumo (36,8%).

Beleza/atividades esportivas (salão de beleza, manicure, academia): diminuir o consumo (45,8%), aumentar o consumo (8,1%), manter o consumo (30,7%).

Produtos em supermercado, açougue e padaria: diminuir o consumo (42,1%), aumentar o consumo (13,2%), manter o consumo (43,9%).

Combustível (abastecimento de carro ou moto): diminuir o consumo (36,9%), aumentar o consumo (13,2%), manter o consumo (28,5%).

Saúde (consultas médicas, farmácias, exames): diminuir o consumo (29,0%), aumentar o consumo (15,9%), manter o consumo (49,8%).

Área que percebeu ter ocorrido maior aumento de preços nos últimos seis meses: Supermercado (54,5%), energia elétrica (53,5%) combustível (29,8%), impostos (26,4%), água (6,4%), saúde (5,0%), lazer (1,6%), serviços (cabeleireiro, manicure, mecânicos etc) (1,3%).

59,3% adiaram alguma compra/serviço por causa da crise.

Entre os que adiaram: 

Eletrodoméstico (fogão, geladeira, máquina de lavar): 31,5%Casa/Apartamento/Lote (construção, compra ou reforma): 30,1%

Carro/moto (compra, manutenção, peças, pneus): 22,3% Eletrônico (celular, televisão, tablet, computador): 20,2%Vestuário (roupas, calçados): 17,9%Móveis (armário, mesa, sofá): 13,1%Cosméticos (perfume, batom, cremes): 4,9%  

38,0% deixaram de pagar alguma conta em 2015 e/ou 2016 devido ao aumento de seus custos.

Emprego e renda55,7% estão empregados no momento. 25,6% não estão empregados e não estão procurando emprego. 14,6% não estão empregados, mas estão procurando emprego.

53,7% temem ficar desempregados devido ao desaquecimento da economia brasileira. 82,4% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses.

51,2% disseram que gostariam de abrir um negócio próprio.

Zika vírus/Aedes aegypti

55,6% conhecem alguém que contraiu dengue, zika ou chikungunya nos últimos seis meses. 85,2% têm tomado alguma medida ou mudaram os hábitos para se proteger do Aedes aegypti. Entre os que tomaram alguma medida, 93,2% passaram a combater o foco do mosquito em casa e 30,6% passaram a fazer uso regular de repelente. 

64,2% disseram que algum agente de saúde passou no seu domicílio, nos últimos seis meses, para procurar possíveis focos de proliferação de Aedes aegypti.

88,7% têm receio de pegar alguma das doenças transmitidas pelo mosquito (dengue, zika ou chikungunya).

Para 74,7%, o principal responsável pela proliferação do mosquito Aedes aegypti é a população, seguido das prefeituras (7,4%). Para 6,2%, o principal culpado é o governo federal e para 1,0%, os governos estaduais.

Para 49,3%, os cuidados necessários têm sido parcialmente tomados pelo governo federal para combater o Aedes aegypti.

24,4% consideram que o governo federal não tem tomado os cuidados necessários e 24,3% responderam que todos os cuidados necessários foram tomados.

Horário de verãoNas regiões onde tem horário de verão (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), 50,0% acham que ele não interfere na rotina diária. Para 31,4%, o horário de verão atrapalha a rotina. E 18,5% dizem que melhora.

Para 49,3%, o horário de verão é necessário, pois ajuda a economizar energia elétrica no Brasil.

CONCLUSÃOOs resultados da 130ª Pesquisa CNT/MDA mostram a manutenção de resultados negativos, porém com uma pequena redução em favor da presidente Dilma Rousseff.

A preocupação com os rumos da economia e o aumento dos preços permanecem em níveis elevados, fazendo com que a população diminua o consumo de bens e serviços, principalmente de itens não essenciais, dificultando ainda mais a retomada do crescimento. O desemprego mostra-se como fator de grande preocupação.

A população continua atenta aos acontecimentos que envolvem a operação Lava Jato, gerando reflexos negativos na avaliação tanto da Presidente da República quanto do ex-Presidente Lula.

Por fim, a pesquisa mostra a incapacidade da presidente Dilma Rousseff em lidar com a crise econômica que o Brasil enfrenta. ​

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