Em busca de um consenso em torno do nome que irá encabeçar a frente ampla como candidato a Governador de Goiás, nas eleições em 2022 o PT decidiu adiar o Encontro Estadual que faria no próximo sábado (28/05) para o próximo dia onze de junho. A decisão foi anunciada após reunião, nesta quarta-feira (25/05), entre os partidos que compõem a federação (PT, PCdoB e PV) e o PSB que acompanha as legendas fora da configuração.
De acordo com a nota assinada pelos presidentes das legendas, o objetivo é trabalhar na “construção de um consenso progressivo na formação da chapa majoritária”. Hoje, o PT trabalha com a pré-candidatura do ex-reitor da PUC GO, Wolmir Amado que tenta viabilizar seu nome para a disputa do pleito. Já o PSB formalizou o nome do ex-governador José Eliton para o pleito.
Mais cedo, o blog Altair Tavares relatava que os caminhos e as articulações indicava que o ex-tucano deveria emplacar a candidatura encabeçando a chapa. Uma alternativa seria Amado caminhar ao lado do advogado na vice-governadoria. A benção teria sido dada pelos próprios pré-candidatos a presidente da República e vice, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
O indicativo que José Eliton será o candidato pela frente ampla ganhou ainda mais corpo nesta quarta-feira (25/05) com a declaração de apoio que o único deputado federal do PT em Goiás, Rubens Otoni deu ao Jornal O Popular, na coluna Giro. “Defendo a aliança com o PSB e a candidatura de José Eliton ao governo como forma de ampliar o diálogo com segmentos que o PT têm dificuldade de chegar e, desta maneira, contribuir para elegermos Lula no primeiro turno”, disse. O parlamentar já havia tecido elogios ao ex-tucano em entrevista ao Diário de Goiás.
A nota dos presidentes concluí que o objetivo além da definição do nome que encabeçará a chapa, se dá principalmente para buscar o melhor palanque para Lula em Goiás, além de construir uma bancada robusta de parlamentares de esquerda no estado. “Para consolidar a democracia, assegurar emprego, renda e a dignidade do povo goiano, é preciso garantir um palanque forte para eleger o Lula, o Governo de Goiás e ampliar a bancada de esquerda no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa. Isso nos une”, pondera.
Todavia, apesar da frente ampla estar sendo desenhada no papel e a Federação Brasil da Esperança ter sido homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral, existem diversas arestas para serem aparadas para que se consiga a união. Cristiano Cunha, presidente do PV, já relatou ao Diário de Goiás que falta diálogo por parte do PT. Há também o desejo do Partido Verde em permanecer na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
A nota foi assinada pelo vice-presidente do PT Nacional, José Guimarães, Kátia Maria, presidenta do PT, Honório Rocha, presidente do PCdoB e pelo presidente do PV, Cristiano Cunha.
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