Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro foi preso em uma operação da Polícia Federal, nesta quarta-feira (22), suspeito de corrupção e tráfico de influência, junto com dois pastores que atuavam como lobistas.
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Um deles é Gilmar Santos, líder do Ministério Cristo para Todos, ligado à Assembleia de Deus e baseado em Goiânia. Ele já tinha vínculo com o governo Jair Bolsonaro (PL) antes de Milton Ribeiro assumir o Ministério da Educação (MEC).
O outro pastor é Arilton Moura, ex-secretário extraordinário para Integração de Ações Comunitárias no governo do Pará, assessor de Assuntos Políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros de Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos e secretário nacional na mesma entidade, da qual Santos é o presidente.
De acordo com o jornal O Globo, o deputado federal João Campos (Republicanos) foi quem mais recebeu Moura na Câmara dos Deputados. Há registro de cinco visitas ao parlamentar, que teria sido o responsável por abrir as portas do governo federal para os dois.
Suspeitos de pedirem propina a prefeitos para agilizar a liberação de recursos do MEC, Santos e Moura acumulam 45 visitas ao Palácio do Planalto desde o início do mandato de Bolsonaro.
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Nas redes sociais, o pastor de Goiânia é quem tem mais atividade, com quase 160 mil seguidores no Instagram. Moura, por sua vez, possui um perfil trancado e com poucos seguidores.
A última postagem de Santos, na qual ele aparece lendo um trecho da Bíblia, ocorreu na noite de terça-feira (21).
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