19 de novembro de 2024
Cidades

Com ocupação de leitos crescendo em Anápolis, prefeito diz: “Se chegarmos a 90%, a cidade será fechada”

Anápolis pode passar ao risco crítico. (Foto: Divulgação)
Anápolis pode passar ao risco crítico. (Foto: Divulgação)

O prefeito Roberto Naves disse que vai fechar Anápolis caso a ocupação de leitos de UTI da rede municipal chegue a 90%, como prevê a matriz de risco do município.

Conforme o gestor, o índice já é superior a 80% e continua crescendo. “Nesta manhã, dos 50 leitos, mais de 40 estão ocupados. Continuando assim, dentro de uma semana, não teremos mais leitos para atender a população”, disse em sessão da Câmara de Vereadores.

O prefeito garantiu que o decreto que institui a matriz de risco será cumprido. “Se o número de pacientes internados continuar aumentando, quando chegarmos a 90%, a cidade vai ser fechada. Vai funcionar farmácia, supermercado e pronto socorro. Vamos manter, com capacidade reduzida, a linha de produção das empresas. O resto tudo será fechado”, pontuou.

Na semana passada, a cidade já passou do risco leve para o moderado na matriz de risco.

Naves lembrou que, na primeira onda, a cidade nunca teve 80% dos leitos da rede municipal ocupados. “Não enfrentamos, em momento algum, uma situação tão crítica como estamos enfrentando agora”.

Com a rede estadual com ocupação acima de 90%, Naves citou que, se a rede municipal entrar em colapso, o cidadão pode ficar sem atendimento. “Não temos quem possa nos socorrer nessa situação”, frisou.

Anápolis tem uma das redes municipais de saúde mais robustas do estado, atrás apenas de Goiânia e Aparecida de Goiânia, com número de leitos equivalantes ao de Rio Verde.

São 50 leitos de UTI exclusivos para covid-19 e 80 de enfermaria. Segundo Naves, há uma negociação para abrir mais dez leitos. “Surgiu nesta manhã uma possibilidade de aumentar de 50 para 60. Se der certo, acredito que a gente consiga passar pela segunda onda. Se não der certo, precisamos muito da colaboração de todos. Se acabarem nossos leitos, não há a quem pedirmos socorro. Pode ser qualquer pessoa da nossa cidade, que vai morrer sem ter leitos de UTI”, afirmou.


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