Após um longo período de hibernação, iniciado em 8 de janeiro de 2023, os bolsonaristas ( da ultradireita, com integrantes da direita e do centro) retornaram de forma mais significativa às ruas no dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista. O fato marcou a retomada dos bolsonaristas e da ultradireita às manifestações. E, não vão parar por aí. O presidente Luís Inácio Lula da Silva que abra o olho, pois a estratégia é acuar o governo e seu mandatário.
A estratégia foi reforçada com a nomeação do deputado Nikolas Ferreira para presidir a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e da deputada Caroline de Toni para a Comissão de Constituição e Justiça. Ambos integram o PL. Mais um recado dado pelo Centrão, e pelo deputado Arthur Lyra, de que derrotas são impostas ao governo quando eles querem.
A condição política da oposição ao governo de Lula é muito diferente em relação ao primeiro e ao segundo governo dele. Os petistas que se preparem para enfrentar uma oposição que tem poder de mobilização e está estruturada para o combate ao governo e seus aliados.
Para acuar o governo, poderão ser impostas novas derrotas em votações da Câmara dos Deputados e do Senado. Já no campo das eleições municipais, a estratégia de impedir a eleição de aliados de Lula é a base para reforçar a preparação para a disputa estadual e presidencial.
Com capacidade de mobilização muito maior do que as dos apoiadores de Lula, a presença dos bolsonaristas nas ruas é muito mais provável do que o contrário. Após 25 de fevereiro, a esquerda não conseguiu dar respostas com mobilizações e ações políticas que confrontassem a mensagem dada pelos adversários.
Após um ano de mandato, os opositores ao presidente Lula já perceberam que ele não é mais o mesmo de antes. Com declarações confusas em vários momentos, o atual presidente reforça a máxima de que ele é seu maior inimigo.
Acuar o presidente com a experiência de Lula não é uma tarefa fácil, mas não é impossível num ambiente tão diferente que move a política da atualidade. A economia vai bem, mas a avaliação do gestor apontada por pesquisas divulgadas nas primeiras semanas de março indicam que a imagem do presidente não vai bem. É terreno fértil para pressões políticas, e quando o mandatário está mal avaliado, fica fragilizado nas relações políticas. Por fim, a questão é: Como Lula vai sair dessa armadilha?
Altair Tavares
Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .