07 de agosto de 2024
Publicado em • atualizado em 23/05/2024 às 11:25

Algo por trás da humilhante goleada sofrida pelo Vila Nova em Belém

Paysandu x Vila Nova - Decisão da Copa Verde 2024 (Foto: Jorge Luís)
Paysandu x Vila Nova - Decisão da Copa Verde 2024 (Foto: Jorge Luís)

Não foi apenas um confronto de uma equipe que jogou muito bem, diante de outro que esteve em uma noite ruim. Paysandu 6×0 Vila Nova é algo que precisa ser averiguado. E não estou levantando suspeita em relação a apostas esportivas.

Chamo a atenção pelo comportamento dos jogadores em campos. Sem nenhum tipo de empenho, vontade ou aquela tão falada garra colorada. Foram seis gols marcados pelo Paysandu na decisão da Copa Verde, mas poderia ser mais. No final ficou de bom tamanho para o Tigrão.

A derrota em Belém, não foi tão dolorida como o fracasso da temporada passada, quando a equipe deixou escapar a maior chance da sua história para conquistar um acesso para Série A do Campeonato Brasileiro.

Só que o 6×0 deixa uma cicatriz aberta no peito do torcedor. É mais uma decisão em que o Vila Nova frustra sua massa. Vou colocar de lado a decisão do Campeonato Goiano deste ano, porque a derrota foi para o Atlético que era favorito para levantar o caneco. Mas Grêmio, Anápolis, Remo, duas vezes o Paysandu e o ABC – foram fatos inexplicáveis. Quem vão além do discurso: “coisas do futebol”.

Voltando ao jogo da Curuzu. Ele começa com uma escalação desastrosa do técnico Márcio Fernandes – demitido ainda no vestiário do estádio. De cara coloca Quintero e Fernadão. O zagueiro e o centroavante estavam retornando de contusões. Sem o ritmo ideal. Quem viu o jogo, acompanhou o defensor colombiano perdido e sofrendo para tentar anular o atacante Nicolas – é claro que não conseguiu – o jogador do Paysandu terminou a decisão com um hat trik. Já Fernandão… foi o Fernandão.

A teimosia de Márcio Fernandes de insistir em jogos fora de casa com um modelo extremamente defensivo, foi um dos motivos da sua ruína no Vila Nova. Teimosa também a diretoria que precisa pensar fora da caixa e buscar mais alternativas para o comando do time.

Não são só os jogadores. A diretoria também tem sua parcela de culpa nesse cenário de caos que o Vila Nova apresenta em decisões. Neste momento em que faltou “vergonha na cara”, como disse o presidente Hugo Jorge Bravo, é preciso ir a fundo, descobrir e atacar o motivo de uma humilhação tão grande como foi o 6 a 0.

Não foi apenas uma noite ruim. Mais um vacilo na hora da decisão. Existe algo por trás e os dirigentes sabem ou precisam correr atrás para saber.