Goianienses não estão indo receber a vacina contra a covid-19. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ao todo são 286.758 pessoas que estão em falta com a imunização.
Ainda segundo a secretaria, 87.990 não voltaram para receber a segunda dose e 198.768 não procuraram os pontos de vacinação para a primeira vacina.
A SMS explica que a maioria das pessoas que não retornou na data prevista para tomar a segunda dose tem entre 35 e 45 anos de idade. 24.560 teriam que tomar a Coronavac, 28.340 a Pfizer e 35.109 a vacina AstraZeneca.
Neste contexto de pessoas que estão ignorando a proteção contra o coronavírus, chama atenção o fato de as pessoas a partir de 61 anos de idade não abnegaram a chance de receber o imunizante, estes, por exemplo, representam apenas 1% dos que não foram ao encontro da vacina.
Outro grupo que deu exemplo foram as pessoas acima de 91 anos de idade, essa faixa etária teve 0% de não vacinados. Ou seja, todos buscaram se vacinar contra a doença que dizimou mais de 608 mil brasileiros desde o início da pandemia, em 2020.
Entre as pessoas que nem sequer tomaram a primeira dose, a grande maioria tem entre 20 e 34 anos de idade, destes 37.950 têm entre 20 e 24 anos; 36.172 entre 25 e 29 anos e 28.477 entre 30 e 34 anos.
Em contrapartida, a partir dos 50 anos, Goiânia vacinou acima da população estimada. Um exemplo são os que estão entre 65 e 69 anos, pela população estimada pelo IBGE em 2018, eles seriam pouco mais de 30 mil, mas foram vacinados mais de 84 mil.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Grécia Pessoni, explica que muitas pessoas com mais de 60 anos vacinadas em Goiânia eram do interior do estado, mas que isso não é um problema para a gestão municipal.
“Cerca de 30% das pessoas com mais de 60 anos que se vacinaram em Goiânia eram de municípios do interior, isso aconteceu porque Goiânia não exigia agendamento e atendia mediante a apresentação de um comprovante de residência, o que não é difícil conseguir. Mas isso nunca teve muita importância para Goiânia, o importante sempre foi vacinar o maior número possível de pessoas, para combater a pandemia”, explicou.
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