Publicidade
Categorias: Política
| Em 12 anos atrás

CDDPH deve decidir em breve se faz intervenção em Goiás

Compartilhar

A decisão de fazer ou não uma intervenção federal na segurança pública de Goiás deve ocorrer em breve, em nova reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). É o que informou a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que preside o CDDPH. Ela se disse assustadíssima com a situação da segurança pública em Goiás. “A situação é muito grave, Goiás hoje é o Estado brasileiro campeão de pessoas no programa federal de proteção a testemunhas, já ultrapassou até Alagoas”, afirmou.

Publicidade

De toda forma, já se esperava que não haveria nenhuma decisão hoje e muitos consideram até remota a possibilidade de intervenção. Mas alguma decisão prática o CDDPH deve tomar. O Conselho ainda está terminando a fase de ouvir depoimentos e coletar dados. Todos não gostaram da ausência de representantes do comando da polícia goiana na reunião e também lamentaram o fato de o governador Marconi Perillo (PSDB) ter desmarcado a reunião que teria hoje na parte da manhã com a ministra Maria do Rosário. A reunião teve a participação de representantes do Conselho Nacional doMinistério Público e do Conselho Nacional de Justiça.

Publicidade

O procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, já sabendo do que pairava no ar em Goiás, mostrou-se contrário à hipótese de intervenção federal. “A federalização do caso é um erro, o governo goiano tem mais capilaridade para resolver o caso”, afirmou. Segundo Benedito, a situação da segurança pública em Goiás é “mesmo muito grave”. Mas, para ele, a solução é ensinar direitos humanos na formação do policial, colocar câmeras nas viaturas e aumentar a presença do Estado. “Onde há Estado, não há criminalidade”, repetiu três vezes.

Publicidade

Todos elogiaram a matéria do Diário de Goiás que mostrou, ontem, que o deputado Túlio Isac (PSDB) afirmou na tribuna da Assembleia que “bandido bom é bandido morto”. A procuradora Ivana Farina disse que a reunião do CDDPH era uma “resposta à altura às declarações irresponsáveis desse deputado” e criticou também bastante os rumos da segurança pública em Goiás.

Vice-presidente do CDDPH, Percílio de Sousa Lima Neto afirmou que as declarações de Túlio Isac, que chegaram a seu conhecimento via matéria do Diário de Goiás, representam uma afronta aos direitos humanos. “É absurdo esse deputado dizer isso e ainda falar que tem de aumentar Rotam nas ruas para matar mais bandidos, temos de investigar essas declarações”, enfatizou.

Publicidade
Publicidade
Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .