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Categorias: Cidades
| Em 5 anos atrás

Casos de infecção por HIV crescem e deixam Aparecida de Goiânia em alerta

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Um estudo epidemiológico, realizado pelo Sistema de Informação e Agravos de Notificação (Sinan) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, revelou um número alarmante em casos de infecção pelo vírus HIV.

Conforme o levantamento, entre janeiro de 2007 e novembro de 2019, foram notificados 826 casos de Aids e 1208 de HIV no município. Apenas em 2019, já foram notificados 214 casos de HIV e 47 de Aids.

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Segundo o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, os dados deixam claro que as políticas públicas que proporcionaram a implantação e a popularização dos testes rápidos no município têm se tornado importantes aliadas do diagnóstico precoce, possibilitando o início rápido do tratamento e a redução de morbimortalidade.

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Por outro lado, acendem um alerta para o aumento considerável do numero de pessoas que não se previnem de forma eficaz. “Com os avanços na terapia antirretroviral, houve uma redução significativa nos casos de Aids ao longo dos últimos anos. Nosso desafio é alertar a população a respeito dos riscos da infecção e seguir universalizando o acesso às medidas preventivas e de profilaxias pré e pós exposição”, pontua.

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A superintendente de Vigilância em Saúde, Vânia Camargo, explica que o Programa de Atenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais conta com Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), localizados no Centro Clínico Municipal, no Centro de Saúde Papillon Park, e em 25 Unidades Básicas de Saúde (UBS).

“Essas unidades contam com equipes compostas por psicólogos, enfermeiros e médicos e oferecem serviços de diagnóstico, tratamento e prevenção dessas enfermidades”, afirma. Ela conta que qualquer um pode chegar nos CTAs e realizar testes rápidos para a identificação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “São unidades porta-aberta, isto é, a pessoa pode procurar e solicitar diretamente o procedimento sem a necessidade de passar pela Regulação da SMS”.

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Já o Centro de Testagem e Aconselhamento Itinerante (CTAi) é um projeto que realiza um importante trabalho em regiões consideradas endêmicas, como a dos motéis, onde existe concentração de profissionais do sexo. Mas o ônibus circula por toda a cidade, e pode se estabelecer por até uma semana no local definido.

Empresas e escolas podem solicitar a visita do ônibus da CTAi entrando em contato com a Vigilância Epidemiológica pelo telefone 3545-6514. Além disso, as Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) do município, Brasicon, Buriti Sereno e Flamboyant, e os Cais Colina Azul e Nova Era; além da Maternidade Marlene Teixeira, também oferecem os testes, mas apenas aos pacientes que tenham passado por exposição.

Preocupação nacional

O Ministério da Saúde (MS) estima que 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e ainda não sabem. Considerando o período entre 1980 e junho de 2019 foram detectados 966.058 casos de Aids no País. Por causa do tratamento mais acessível, o MS informa que os casos de Aids reduziram em 13,6% entre 2014 e 2018, o que representa 12,3 mil casos evitados da doença. Já a mortalidade por Aids caiu em 22,8% nesse mesmo período, evitando 2,5 mil óbitos.

Em relação às gestantes, no Brasil, entre os anos 2000 e 2019 foram notificadas 125.144 infectadas com HIV. A transmissão vertical do HIV ocorre quando a gestante que possui o vírus o transmite para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. Segundo o ministério, o maior número de mulheres grávidas que possuem o vírus está entre jovens de 20 a 24 anos (27,8%).

“Mesmo com algumas reduções nas estatísticas da Aids no Brasil, os números são preocupantes e não se pode deixar de lado a conscientização das pessoas. A forma mais eficaz de prevenção ainda é o uso da camisinha nas relações sexuais. Além disso, é fundamental usar somente seringas descartáveis e fazer o teste rápido em caso de dúvida. Já as mulheres que desejam ter filhos devem fazer o teste antes de engravidar”, destaca o secretário de Saúde Alessandro Magalhães.

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Rafael Tomazeti

Jornalista