23 de dezembro de 2024
Lei Ficha Limpa

Candidatos com registro indeferido pela Justiça Eleitoral receberam mais de 3,8 mi de votos nesta eleição

Apesar de terem os nomes nas urnas, esses candidatos ainda possuem pendências com a Justiça e aguardam julgamento de recurso
Foto: Reprodução
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Mais de 3,8 milhões de votos do primeiro turno das eleições deste ano foram destinados a candidatos sem registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral. Apesar de terem os nomes nas urnas, quem tem pendências com a Justiça permanece aguardando a decisão pelo deferimento ou indeferimento das candidaturas, aparecendo como sub judice.

Pelas regras eleitorais, os votos dados aos candidatos sub judice ficam em suspensão, aguardando a decisão definitiva da Justiça Eleitoral. Desta forma, os votos são considerados para o cálculo dos percentuais nas divulgação dos resultados, mas não entram na conta feita para calcular quantas cadeiras cada partido terá na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Estaduais, chamado quociente partidário.

Um exemplo de caso sub judice é o do candidato Daniel da Silveira (PTB-RJ), que disputou vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro, e mesmo com o registro negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) recebeu mais de 1,5 milhão de votos. Daniel ficou em terceiro lugar entre os mais votados do Rio e ainda aguarda o julgamento de recurso.

Os votos passam a ser válidos somente se o candidato tiver o registro deferido definitivamente, contando no quociente partidário. Mas, se o registro for negado em definitivo, os votos constam como permanentemente nulos, sendo retirados da contabilização final da eleição.

De acordo com a Justiça Eleitoral, 653 candidaturas das 26.979 que apareceram nas urnas eletrônicas tiveram o registro negado e aguardam julgamento de recurso. Ainda constam 63 candidatos que tiveram o registro deferido, mas que continuam aguardando o julgamento de recursos no Ministério Público Eleitoral (MPE).

(Com informações da Agência Brasil)


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