08 de agosto de 2024
Atentado

Brasileiro é suspeito de tentar matar Cristina Kirchner na Argentina; veja vídeo

Autoridades de todo o mundo repudiam ataque e presidente do país, Alberto Fernández, Afirmou que atentado é um dos mais graves da história
Cristina saía do carro, rodeada de apoiadores e pela imprensa, em direção a sua casa, quando uma pessoa aponta uma arma a poucos centímetros de distância. (Imagem: reprodução)
Cristina saía do carro, rodeada de apoiadores e pela imprensa, em direção a sua casa, quando uma pessoa aponta uma arma a poucos centímetros de distância. (Imagem: reprodução)

Um homem que teria tentado atirar contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com uma arma de fogo quando ela chegava em casa, em Buenos Aires, foi preso na noite desta quinta-feira (1º). Momento foi gravado e já repercutiu na internet, sendo o assunto mais comentado do momento em poucas horas. O suspeito é brasileiro, mas filho de pai chileno e mãe argentina, de acordo com a polícia local, tem 35 anos e possui antecedentes criminais.

De acordo com reportagem do G1, em março de 2021 Andrés tinha sido detido portando uma faca de 35 centímetros, no bairro em que morava. O vídeo foi captado por um canal de TV enquanto tentava filmar Cristina deixando seu carro, rodeada por uma multidão de apoiadores. Em determinado momento, uma mão com a arma aparece a pouco centímetros de distância apontando para ela, que chegou a se abaixar. Veja o vídeo:

Após o ocorrido, o ministro da Economia do país, Sergio Massa, chamou o incidente de “tentativa de assassinato”. “Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e situações como estas surgem: tentativa de assassinato”, disse no Twitter.

Já o Presidente da Argentina, Alberto Fernández, também se pronunciou, afirmando que este atentado contra Cristina era o “incidente mais grave” desde o regresso da Argentina à democracia, em 1983, e exortou os líderes políticos, e a sociedade em geral, a repudiarem o incidente.

Alberto disse, ainda, que a arma de fogo tinha cinco balas “e não disparou, apesar de o gatilho ter sido premido”. Os ministros do Governo do Presidente Alberto Fernández também divulgaram um comunicado em que “condenam energicamente a tentativa de homicídio” da vice-Presidente.

“O que aconteceu esta noite é de extrema gravidade e ameaça a democracia, as instituições e o Estado de direito”, diz a nota. O ex-Presidente Mauricio Macri também repudiou o ataque. “Este acontecimento muito grave exige um esclarecimento imediato e profundo por parte dos órgãos judiciários e de segurança”, escreveu no Twitter. “Enviamos a nossa solidariedade à vice-Presidente neste atentado contra a sua vida”, disse na rede social Twitter o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e candidato às eleições presidenciais, também publicou em suas redes sociais solidariedade a Kirchner, dizendo que foi “vítima de um criminoso fascista que não sabe como respeitar as diferenças e a diversidade”.

“Toda a minha solidariedade à companheira @CFKArgentina [Cristina], vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa […] Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio politico que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas”, escreveu Lula.

Ainda não se sabe a motivação da tentativa de assassinato. Mas vale lembrar, porém, que a casa de Cristina estava rodeada por uma multidão, pois há poucos dias o local se transformou em ponto de encontro de manifestantes pró e contra a vice-presidente. Isso por que um promotor do país pediu uma pena de prisão de 12 anos para a política, que é acusada de chefiar um esquema de associação ilícita e fraude ao Estado no período em que foi presidente (2007-2015).

O promotor também solicitou que Cristina fique impedida de concorrer a cargos públicos para o resto da vida e que sejam devolvidos aos cofres públicos 5,3 bilhões de pesos (R$ 200 milhões).


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