Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, o superintendente da Codevasf Goiás, Abelardo Vaz, revelou que em torno de R$ 60 milhões em projetos estão paralisados no Estado devido à suspensão temporária dos pagamentos de emendas parlamentares, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. A suspensão seguirá até que o Congresso aprove a regulamentação necessária.
Abelardo Vaz afirmou que as ações financiadas por emendas parlamentares, especialmente as emendas de bancada e de relator, estão paralisadas. “Isso inclui a distribuição de equipamentos e maquinários para as prefeituras, o apoio aos arranjos produtivos locais nas áreas de fruticultura, irrigação, mandiocultura, piscicultura e apicultura, além de obras como asfaltamento e construção de pontes. Em resumo, todas as obras e ações que dependem de recursos provenientes de emendas estão suspensas”, afirmou o superintendente.
Questionado sobre a possibilidade de executar os R$ 60 milhões ainda este ano, Abelardo afirmou que a grande maioria dos projetos poderá ser realizada. ‘No caso dos equipamentos, por exemplo, muitos já estão no pátio da Codevasf em Anápolis e, com a autorização, basta seguir com o processo de doação, que na Codevasf é bastante ágil. Portanto, conseguimos executar a maior parte sem problemas’, explicou.
A maioria dos equipamentos já foi recebida, e alguns já foram até pagos. Outros, apesar de estarem em nosso poder, ficaram retidos após a decisão do Supremo. Estamos aguardando a regulamentação para efetuar o pagamento desses equipamentos. Assim que essa regulamentação for definida, nosso processo de doação é rápido, e conseguimos executar muitas ações ainda este ano.
Por fim, Abelardo afirmou que a suspensão das emendas representa um prejuízo tanto para a população quanto para o governo federal, mas que, em breve, será compensado. “Acreditamos que a regulamentação trará mais transparência e melhor execução dessas emendas. Tudo que visa melhorar, às vezes, justifica esse pequeno prejuízo inicial, pois os benefícios dessa regulamentação podem superar essas perdas”, concluiu.
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