Representantes do Partido dos Trabalhadores mal esperaram raiar o dia para fazer valer contra Marconi Perillo (PSDB) a lei de ação e reação. Quem fala o que quer… Ouve que “canalha é quem loteia o próprio governo entre amigos como o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ficha-suja Demóstenes Torres”. Resposta do presidente nacional do PT, Rui Falcão, ao governador de Goiás, eleita a frase do dia no blog do jornalista Ricardo Noblat.
Valdi Camarcio, presidente do partido no Estado, também não conteve as críticas. “Desse governador, que é mau caráter, não se espera outra coisa. Nós do PT não temos o mínimo de respeito por gente desse tipo. Fazemos política com seriedade e respeito, o que não é o caso dele (Marconi), comprovadamente envolvido em atos ilegais. Já é um absurdo o que faz com o povo e agora age assim politicamente. Isso é baixo nível”, afirmou o petista ao jornalista Caio Henrique Salgado, de O Popular.
O discurso em que Marconi Perillo chamou o ex-presidente Lula de “canalha” tomou as redes sociais. Uma grande repercussão, fato. A ironia é que, enquanto o tucano é criticado nacionalmente pelo comportamento agressivo de um gestor, cujo governo está no epicentro de escândalos ilegais e imorais, assessores e jornalistas goianos tentam qualificar o ‘destempero’ como “estratégico”.
Na melhor das hipóteses – um desabafo estratégico –, o insucesso ficou evidente nas próprias justificativas. Secretários e assessores de Marconi, à lá Paulo Coelho, tiveram que ir para as redes explicar a ‘moral da história’. “Chamar Lula de Canalha é estratégia de aproximação com Aécio.” “Discurso do governador, estrategicamente, vira febre nas redes sociais.” “Marconi é notícia nos principais sites do país.” …
Bem, mídia espontânea, por mídia espontânea, Cachoeira foi mais eficiente.
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