O Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares de Goiânia (Sindibares) reclamou da proibição das modalidades drive-thru e take-out no novo decreto da capital.
Pela norma, os estabelecimentos agora podem fazer apenas delivery. Segundo a entidade, essa modalidade sozinha não rende o suficiente para que os bares arquem com salários, impostos e demais obrigações mensais.
Os empresários alegam que grande parte dos clientes faz pedido via WhatsApp e telefone e passam no local somente para fazer a retirada. Em muitos casos, eles sequer descem dos carros para pegar a encomenda.
O Sindibares estima que 6 mil funcionários que estavam em contrato de experiência já foram demitidos desde o decreto do dia 27 de fevereiro. Esse número, segundo a entidade, deve chegar a 14 mil já na próxima semana.
Na nota, o sindicato pediu a volta das modalidades take-out e drive-thru, além de liberação de abertura para restaurantes, pelo menos, no horário de almoço.
O Sindibares reforçou que apoia a implementação de medidas para frear o contágio, mas também alerta para um “grande colapso” no setor.
Leia a nota na íntegra
O Sindibares compreende que a cidade de Goiânia está no pior momento em relação à pandemia. Esse momento não é delicado somente em relação à saúde, é um momento crítico para todos do setor de alimentação fora do lar, tanto para empresários quanto para trabalhadores. Empresas que não conseguem mais continuar trabalhando e com isso trabalhadores perdendo empregos e ficando sem renda.
O sindicato é contra as novas medidas anunciadas no último decreto da Prefeitura de Goiânia com a proibição da modalidade drive-thru e take-out, liberando somente delivery. Empresários já não conseguem mais manter seus negócios. Em muitos restaurantes, principalmente os que servem almoço, a maioria dos clientes faz seu pedido por WhatsApp e telefone e passam no local para buscar sua encomenda, em muitos casos nem descem do carro e vão consumir o produto em outro espaço.
Com essas novas restrições os estabelecimentos amargam ainda mais prejuízos. Desde o dia 1º deste mês de março, quando os bares e restaurantes tiveram que fechar as portas, cerca de seis mil trabalhadores, que estavam em contrato de experiência, foram demitidos. Com essas novas restrições e sem a possibilidade de reabrir nos próximos dias esse número deve chegar a 14 mil na próxima semana.
Somente na modalidade delivery as empresas não conseguem arcar com salários, impostos e as contas mensais. O Sindibares não pede nesse momento a reabertura total dos estabelecimentos. Devido à situação crítica em que vivemos, o sindicato pede a volta das modalidades drive-thru e take-out e que restaurantes possam abrir com restrições pelo menos no horário de almoço.
O Sindicato apoia medidas para conter o avanço do coronavírus, bares e restaurantes querem ser parceiros nessa luta. O Setor apoia totalmente uma maior fiscalização, inclusive quer junto a prefeitura criar um disk-denúncia para relatar sobre bares e restaurantes que não seguem os protocolos exigidos. O Sindibares apoia também a interrupção do transporte coletivo na Região Metropolitana e ainda toque de recolher no município de Goiânia a partir de 22h.
Empresários entendem a situação dramática que vivemos, mas pedem o mínimo para continuar funcionando e mantendo empregos. Desde o ano passado o setor já sofre com prejuízos e com esse novo fechamento a previsão é de um grande colapso. As empresas ainda não se recuperaram desde o ano passado, contraíram dívidas e não tem nesse momento nenhum apoio com isenção de impostos ou fomento para o setor.
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