A paralisação dos entregadores de aplicativo em Goiânia, marcada para este sábado (11), tem impacto na operação de bares e restaurantes da capital. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Goiás (Abrasel-GO), Danillo Ramos, afirma que há relatos de empresários que tiveram dificuldades com as entregas.
Ramos diz que alguns proprietários sentem o reflexo já neste horário de almoço e estão apreensivos para o horário noturno. “Como é fim de semana, a demanda de almoço e jantar é maior. Hoje, em praticamente todas as operações de delivery, as vendas são maiores”, disse ao DG.
O presidente da Abrasel-GO, porém, ressalta que a adesão pode não ser tão grande quanto se espera ao longo do dia, o que mitiga os prejuízos. Os principais aplicativos mantêm a operação normal neste sábado, apesar da paralisação. Usuários do iFood e do UberEats ouvidos pelo Diário de Goiás informaram que receberam pedidos dentro da normalidade para o almoço.
“Está afetando algumas operações, mas não completamente. Sempre atrapalha o funcionamento do delivery, até porque os motociclistas são parte importante”, destaca Ramos.
Ainda não há, por parte do setor, um levantamento detalhado do impacto da manifestação, até porque, como explica a Abrasel-GO, muitos empresários têm outras operações logísticas e entregadores próprios. “Alguns outros também estão buscando entregadores para fazer um extra”, reforça.
Com as flexibilizações, Ramos pontua também que o consumo nos bares e restaurantes cresceu e muitos empresários agora focam seu atendimento na modalidade presencial.
Atos
Os atos dos entregadores começaram às 9h deste sábado. A paralisação é nacional, alcança todos os aplicativos e tem adesão em Goiânia. Eles alegam insatisfação com relação às altas taxas que os aplicativos cobram, o alto preço do combustível, além da precarização do trabalho acentuada durante a pandemia de covid-19.
Às 10h eles iniciaram a concentração na porta do Goiânia Shopping e percorrem vias de Goiânia, passando pela Avenida Jamel Cecílio, no Flamboyant, e retornando ao ponto inicial do percurso. A estimativa é que 2.500 entregadores participam do ato.
Antes do ato, uma das lideranças prometeu interromper entregadores que não aderiram à paralisação. “Todos os estabelecimentos que trabalham com Uber, Ifood, Rappi, BeDelivery nós vamos brecar. Não vamos deixar que outros entregadores que talvez estejam desavisados quanto a paralisação façam suas entregas”, disse. “Claro, vamos conversar numa boa e explicar os motivos do ato”.
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