A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (22), o último dos líderes da organização criminosa responsável por envio de cocaína à Alemanha e outros países europeus entre 2022 e 2023, com um esquema que trocava etiquetas de malas de brasileiros por malas com drogas. O esquema fez diversas vítimas, entre as quais o casal de empresárias goianas Kátyna Baía e Jeanne Paolini, detidas ao chegar na Alemanha acusadas de tráfico internacional em março de 2023.
A situação delas teve repercussão internacional na época e o governo do estado alemão de Hessen, inclusive, foi condenado a indenizar as empresárias.
O homem preso nesta terça possui 30 anos e já era procurado pela Polícia Civil. Ele era o último dos suspeitos que ainda estava em liberdade. O nome não foi divulgado.
Conforme divulgou a CNN Brasil, ele foi preso na cobertura de um condomínio de luxo em Guarulhos (SP), em cumprimento de mandados na 4ª Fase da Operação Colateral, chamada de Last Call. Durante as quatro fases da operação, 16 pessoas foram presas.
Troca de etiquetas levou goianas a 38 dias de prisão, sem culpa
A organização era especializada na troca de etiquetas de bagagens em um esquema com vários participantes. No caso das goianas, somente após comprovação com imagens do esquema funcionando dentro do aeroporto de Guarulhos, elas foram liberadas da prisão na Alemanha, após 38 dias de detenção naquilo que deveria ser um período de férias em outro país.
O grupo desarticulado fazia a troca de etiqueta de bagagens, retirando-as das malas de passageiros comuns, como Kátyna e Jeanne, e colocando-as em malas recheadas de cocaína.
Na época, a Polícia Federal foi capaz de desarticular toda a organização, desde os seus membros de menor hierarquia e quase a totalidade dos líderes do grupo, com exceção de um, preso nesta terça após seis meses rastreando seu paradeiro.
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