A insatisfação do goianiense com a saúde caiu 51,3% de 31 de março até 1º e 2 de junho, dias em que o Instituto Serpes foi às ruas da capital para saber qual a avaliação dos moradores sobre os serviços públicos. A pesquisa, divulgada pelo jornal O Popular, fez a seguinte pergunta aos entrevistados:“De tudo que precisa ser melhorado em Goiânia, o que é mais urgente e necessário?”
Pela primeira vez em 16 anos, a demanda que apareceu em primeiro lugar foi a segurança pública. “A grande redução do porcentual de entrevistados que apontou saúde contribuiu para que segurança passasse a ocupar o primeiro lugar no ranking das preocupações dos goianienses”, escreveu a jornalista Fabiana Pulcineli, que assina a reportagem de O Popular.
As três rodadas da pesquisa Serpes mostram que a queda de insatisfação é gradativa e inédita na área de saúde. Em 1º de março 89,7% dos goianienses apontavam a saúde como principal problema a ser resolvido. Em 31 de março esse número caiu para 74,7% e agora, em junho, para 38,4%. Nas pesquisas publicadas nos últimos anos, a saúde sempre ocupa o topo da insatisfação com mais 80% nos municípios e mais de 60% nos levantamentos nacionais, como a pequisa CNI/ Ibope de 20 de março deste ano.
O secretário de saúde de Goiânia, Fernando Machado, comemorou os números. “É motivo para nos alegrar, pois melhoramos os serviços mesmo atravessando a maior epidemia de dengue da história e reduzimos em 80% a letalidade”, justifica. O titular também reforça que a capital nunca recebeu tantos usuários do interior de Goiás e de outros Estados e que não deixou de atendê-los.
Fernando Machado atribui a sensível melhora na percepção dos serviços de saúde à dedicação das equipes de trabalhadores da pasta e à sensibilidade do prefeito Paulo Garcia. “O prefeito é médico e tem atendido todas as demandas possíveis que chegam a ele”, diz. Na semana passada, a Prefeitura convocou mais 168 médicos aprovados em concurso público para atuarem nas unidades, totalizando 751 novos contratos somente de médicos de janeiro até agora. “O prefeito tem redobrado os esforços para essas contratações, pois o médico é o maior pedido da população nas pesquisas”, avalia.
Mesmo com os bons números, o secretário ressalva que há muito a melhorar. “Precisamos desafogar os Cais, reduzir o tempo de espera dos usuáros e fixar o profissional médico em nossas unidades”, reforça. Machado reforça que é preciso fazer muito, mas que é difícil a saúde chegar a um ponto ideal na capital. “ A saúde é uma demanda infinita. Quanto mais melhoramos os serviços, mais usuários chegam aqui”, resume.