A Associação dos Hospitais do Estado de Goiás (Aheg) solicitou nesta sexta-feira (10) que o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos Goiás (Ipasgo) revogue a medida que cortou 50% dos atendimentos eletivos.
O ofício enviado ao instituto diz que a decisão foi “demasiadamente agressiva”. A Aheg pede ainda que o Ipasgo solicite ao governo estadual suplementação de crédito orçamentário para manter os atendimentos eletivos aos usuários do plano de assistência.
“O poder público limitou o atendimento eletivo dos hospitais por vários meses e os usuários ficaram receosos com a possibilidade de contaminação dentro dos hospitais e clínicas, o que fez com que inúmeros tratamentos fossem paralisados. Os hospitais não podem deixar de prestar atendimento e nem têm como quantificar a porcentagem de quem merece ou não atendimento”, afirmou o presidente da Aheg, Adelvânio Morato.
Outras entidades, como a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg), o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindhoesg), o Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia (Sindimagem) e o Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue (Sindilabs), também se posicionaram contra o corte em uma carta conjunta.
Em nota, o Ipasgo informou ao DG que o limite orçamentário do plano de assistência foi extrapolado nos meses de julho e agosto pelo atendimento à demanda reprimida causada pela pandemia. Por isso, o instituto disse ser necessário estabelecer “medidas de contenção de gastos para garantir o equilíbrio financeiro e orçamentário para o fechamento de 2021”.
De acordo com o Ipasgo, o corte visa “não comprometer a continuidade da prestação de serviço dos prestadores e, também, a saúde dos beneficiários”.
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