22 de dezembro de 2024
Reflexos do dia 8

Anderson Torres tem prisão determinada por Alexandre de Moraes

Ministro afirma que ex-titular da Segurança Pública do DF foi omisso em evitar atos terroristas em Brasília
Ministro da Justiça Anderson Torres. (Foto: Agência Brasil)
Ministro da Justiça Anderson Torres. (Foto: Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. As informações são da GloboNews e da CNN. Na tarde desta terça-feira (10/01), a Polícia Federal chegou a cumprir mandado na casa do ex-ministro da Justiça.

Torres tem sido apontado por impulsionar os atos terroristas vistos em Brasília no último domingo (08), quando bolsonaristas invadiram prédios dos Três Poderes, na capital federal. Ele era o titular da pasta no dia, mas estava de férias nos Estados Unidos.

No mesmo dia, Torres, que já foi ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi exonerado do cargo pelo governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Celina Leão (PP), assumiu e ocupa o cargo interinamente. Ontem (09), ela defendeu o titular da pasta e disse que ele foi mal informado pela equipe de segurança.

Ainda nesta terça-feira (10), Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, o coronel Fábio Augusto Vieira, nesta terça-feira (10/01). O militar estava à frente da corporação no último domingo (08).

Fábio já havia sido afastado pelo interventor federal Ricardo Capelli. Membros do governo federal e do poder judiciário tem alegado que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram negligentes diante das manifestações que culminaram nos atos de degradação em Brasília no domingo. 

Desde sexta-feira, a mensagem nos grupos bolsonaristas do WhatsApp e Telegram era de que a ideia dos terroristas era “tomar o poder”.

Bolsonaristas citavam como exemplo e queriam repetir o que aconteceu em Sri Lanka, quando uma multidão invadiu a sede do poder, em julho de 2022 no que foi citado em grupos bolsonaristas como a “tomada de poder” provocando a renúncia do primeiro-ministro e do presidente do país. 

Diante do comportamento prévio dos manifestantes que já estavam em Brasília e daqueles que começaram a chegar a partir de sexta-feira, a percepção foi de que a segurança pública do Distrito Federal agiu com leniência e foram negligentes. Enquanto os terroristas quebravam a sede dos 3 Poderes, agentes da segurança pública que fizeram a escolta dos bolsonaristas a Esplanada dos Ministérios, estavam tomando água de coco e nada fizeram para impedir que o desastre avançasse.


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