Categorias: Economia

Alta recorde do dólar impacta no bolso do consumidor e deve continuar

A cotação do dólar tem batido recordes dia após dia e fechou a R$ 4,21 nesta segunda-feira (25), valor mais alto desde a implementação do Plano Real.

Neste cenário, vários setores sofrem grandes impactos. Conforme economistas ouvidos pelo Diário de Goiás, a alta do dólar não tem demorado a chegar ao bolso do consumidor. “O mercado importador encontra aumento no preço de matérias-primas e repassa o acréscimo no valor final dos produtos”, destacou o especialista Aires Cardoso.

Os setores nos quais o consumidor pode esperar maior crescimento de preços são os de eletrônicos e eletrodomésticos, produtos derivados do trigo e do petróleo, além de remédios importados ou feitos com insumos do exterior. Para quem viaja, o cenário é um pouco mais complicado, além da  compra da moeda, as hospedagens e as passagens aéreas passam a custar mais. “Vejamos que o a gasolina já chega a R$ 4,80 em alguns postos”, cita o economista.

No entanto, há outras áreas da economia que se beneficiam com a subida exponencial da moeda americana. A alta do dólar favorece as empresas que atuam com produtos exportados e profissionais que obtém renda paga em dólar. Também lucram empresas nacionais com investimentos ligados ao dólar no mercado financeiro, tornando os fundos cambiais mais atrativos. “Eventualmente, o impacto também pode surgir no turismo, quando a variação estimula as pessoas a viajarem mais dentro do Brasil, e o estrangeiro encontra preços atrativos para vir para cá”, comenta Cardoso.

A tendência é que a moeda americana siga em alta por algum tempo. O governo federal avalia que a escalada do dólar é reflexo de uma mudança na política econômica brasileira, com juros mais baixos e câmbio de equilíbrio alto, que ainda não foi compreendida pela maior parte da população.

“O dólar está alto. Qual o problema? Zero. Nem inflação ele [dólar alto] está causando. Vamos importar um pouco mais e exportar um pouco menos”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda em Washington. “É bom se acostumar com juros mais baixos por um bom tempo e com o câmbio mais alto por um bom tempo”, alertou.

Rafael Tomazeti

Jornalista

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