23 de novembro de 2024
Rivais históricos • atualizado em 29/05/2022 às 07:24

Aliança do PT e PSDB em Goiás pode sair do papel? Presidente petista explica

Ao Diário de Goiás a presidente do PT Goiás afirmou que há conversas mais avançadas com o PSOL, mas o PSDB poderia compor, desde que seja definido com quem a sigla deve caminhar a nível nacional
A petista afirma que a prioridade da federação é ampliar o palanque do ex-presidente Lula (Foto: Redes Sociais)
A petista afirma que a prioridade da federação é ampliar o palanque do ex-presidente Lula (Foto: Redes Sociais)

O anúncio da retirada da pré-candidatura do ex-governador José Eliton (PSB) não deve mudar os caminhos do Diretório Regional do PT em Goiás. O partido e a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) aguardam as definições da sigla, do PSB, do PSOL e até mesmo do PSDB, que é rival histórico do partido, mas que tem sido cogitada nos bastidores para uma possível aliança com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). 

A sinalização, entretanto, segundo a presidente do partido em Goiás, Kátia Maria (PT), só deve acontecer com o afunilamento das eleições em Goiás. Precisaria passar pelo anúncio do ex-governador Marconi Perillo, que ainda não definiu qual cargo deve concorrer nas eleições deste ano, e também de um recuo dos tucanos para a presidência da República. A segunda situação aconteceu após o anúncio da retirada da pré-candidatura do ex-governador de São Paulo João Dória (PSDB).  

“Ainda não houve nenhuma movimentação com o PSDB, que ainda tem falado sobre pré-candidatura à presidência da República [mesmo após a saída de Dória], mas ainda não foi aberto nada, até porque ainda precisa de uma definição do próprio Marconi”, avalia a presidente petista.  

Apesar das especulações, a presidente diz que não houve nenhuma sinalização ou conversa mais concreta entre petistas e peessedebistas a nível estadual, mas que até o dia 11 de junho, quando o partido deve decidir sobre as eleições goianas. Até lá, segundo a petista, muita coisa pode acontecer, até mesmo novos anúncios de desistência de pré-candidaturas, como aconteceu com José Eliton.  

Kátia reitera que o momento é de afunilamento e que as conversas estão esquentando somente neste momento após as filiações partidárias, que terminaram em 2 de abril. Após este período é que se iniciam as composições e os diálogos mais incisivos sobre as eleições deste ano, como com quem a federação deve caminhar e quem serão os nomes que estarão à frente deste projeto. No momento, o pré-candidato da sigla é o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) Wolmir Amado (PT). Ele vai seguir a definição partidária.

“Vamos continuar conversando com as siglas da federação e com os partidos da frente ampla. A nossa tarefa política continua a mesma e vamos continuar ampliando o palanque do ex-presidente Lula para eleger uma bancada maior com o PSB e com as siglas da federação e vamos contar com o próprio ex-governador [José Eliton], que está disponível para compor esse palanque para o ex-presidente [Lula]”, acrescentou Kátia Maria.  

PSOL nas conversas 

Após o anúncio da saída do ex-governador o PSOL também intensificou as conversas para caminhar no projeto da “frente ampla” e para que seja criado um palanque para o ex-presidente Lula no estado de Goiás. Nos bastidores havia a conversa de que o PSOL poderia caminhar com a frente que é composta pelo PSB e pelas Federação e as conversas já foram retomadas.  

“Fomos procurados pelo PSOL, que se dispôs a participar e a construção pode ser feita. Quanto mais gente para o grupo, mais distante é possível chegar”, cita a petista que está confiante na consolidação da frente ampla.

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