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Alegando traição, secretários entregam cargos do MDB na Prefeitura de Goiânia

Reunidos na noite de domingo, 4, os secretários e dirigentes indicados pelo MDB, com o presidente regional Daniel Vilela, decidiram entregar os cargos e desembarcar da administração do prefeito Rogério Cruz (REPUBLICANOS). A saída será consolidada com a apresenntação de uma dura carta na manhâ desta segunda, 5, no Hotel Alphapark, local de vários eventos da campanha de Maguito Vilela para prefeito de Goiânia.

O documento será assinado pelos 16 indicados e só persiste a dúvida se o secretario da saúde, Durval Peixoto, integrará o grupo que entrega os cargos. O conteúdo da carta apresentará a história da campanha e dos primeiros meses da gestão e enfatizará a “deslealdade” e a “traição” à qual o MDB está submetido pela gestão do atual prefeito.

A nomeação de um supersecretário e a transferência da responsabilidade da gestão para integrantes do REPUBLICANOS que não participaram da campanha eleitoral e que desconhecem a cidade terá um capítulo especial.

A história que o MDB vai contar é de rompimento total da confiança e da lealdade à campanha eleitoral de Maguito Vilela.

Sairão: Alessandro Melo (Finanças); Agenor Mariano (Habitação e Planejamento); Carlos Alberto Branco Júnior (Desenvolvimento e Fiscalização); Pedro Chaves (SMT); Murilo Ulhoa (CMTC); Célio Campos (Desenlvimento Tecnológico); Colemar Moura (Controladoria); Filemon Pereira (Direitos Humanos); Antonio Flávio (Procuradoria); Leandro Vilela (Extraordinário); Kleber Adorno (Cultura); Euler Morais (Relações Institucionais); José Frederico (Escritório de Prioridades Estratégicas); Gean Carlo Carvalho (Secretário Executivo); André Carneiro (Sec. Executivo).

VEREADORES

Mais cedo, no diretório regional do MDB, os vereadores e o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela entraram mudos e saíram calados da reunião que analisava o rompimento da legenda com o atual prefeito. De fora do Diretório Estadual em Goiânia, onde o encontro ocorreu, dava para escutar muitos gritos num indicativo que o clima foi bastante tenso. Parlamentares tentam demover a ideia do filho de Maguito em romper com o prefeito Rogério Cruz.

Os emedebistas até tentaram falar com o prefeito, mas não foram ouvidos por que o telefone não atendeu. O secretário de Habitação, Agenor Mariano foi o primeiro a chegar no local e saiu junto com Daniel Vilela, antes de todos os vereadores para a reunião com os secretários que selou o desembarque.

Alguns vereadores tendem a continuar na base do prefeito Rogério Cruz e por isso, tentavam demover a ideia de rompimento político. O vereador Clécio Alves (MDB), inclusive, já conseguiu a nomeação do filho Luan Alves para presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA).

MESES E PROMESSAS

Desde que assumiu definitivamente o cargo no dia 15 de janeiro, o então vice-prefeito Rogério Cruz (Republicanos) prometeu seguir o plano de governo que deu a vitória ao prefeito Maguito Vilela, acometido pela Covid-19. Muito emocionado, o republicano foi as lágrimas dizer que queria respeitar a história do ex-governador. “Quero fazer por Goiânia tudo aquilo que Maguito sonhou e projetou. E desta forma, honrar sua memória e legado, além da confiança que depositou em mim ao me escolher como seu vice”, disse ao introduzir as palavras além de reforçar que não fará mudanças no secretariado ao longo de sua gestão. 

A promessa emocionada durou menos de dois meses até que no último dia 16 de março, Rogério Cruz bateu assinou a exoneração do secretário de Governo, Andrey Azeredo, um dos principais nomes atuantes da campanha de Maguito Vilela. O republicano foi à Brasília buscar Arthur Bernardes para o lugar do ex-vereador. Com a mudança, vieram mais especulações. O prefeito negou todas alegando que eram “fogo-amigo”. Disse que estava focado na gestão da crise promovida pela pandemia.

Mesmo assim, novas trocas vieram na Comunicação, Administração, Educação, Comurg e também na Agência Municipal de Meio Ambiente. Titular da AMMA, Zilma Percussor chegou a alinhar com o prefeito Rogério Cruz sua mudança para a Superintendência da Casa Civil e Articulação Política mas foi exonerada da agência antes de comunicar os servidores de sua saída. Pegou mal a falta de comunicação.

Na Seinfra, o ex-deputado Luiz Bittencourt ficou sabendo apenas após publicação de decreto que os contratos de sua pasta haviam sido suspensos. A falta de comunicação, proposital ou não, acabou produzindo desconfiança. O agora ex-titular pediu exoneração.

(Colaboraram Domingos Ketelbey e Thiago Humberto)

Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: altairtavares@diariodegoias.com.br .

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