08 de agosto de 2024
Desdobramentos

Advogados de Bolsonaro confirmam que sigilo bancário será oferecido à Justiça

Declaração ocorreu após investigação da PF sob suspeita de desvio e venda de presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A defesa de Jair Bolsonaro declarou em nota que o ex-presidente vai oferecer o sigilo bancário à Justiça, para comprovar o não envolvimento com a venda de presentes recebidos de autoridades estrangeiras. Advogados alegam que ele “jamais se apropriou ou desviou” bens públicos.

A declaração ocorreu após divulgação de áudios de Mauro Cid, ex-ajudante de obras de Bolsonaro, afirmando que o valor de U$ 25 mil, proveniente da venda destes presentes, era do ex-presidente. Diante dos fatos, houve especulações de que a Polícia Federal (PF), que investiga o caso, solicitaria quebra de sigilo bancário e telefônico de Jair.

Dessa forma, se antecipando aos acontecimentos, como resultado da deflagração da Operação Lucas 12:2, que apura a suposta organização de desvio e venda destes presentes durante o governo Bolsonaro, a defesa se manifestou. Os advogados Paulo Amador Bueno e Daniel Tesser alegaram que o presidente já havia solicitado o depósito dos presentes recebidos ao Tribunal de Contas da União (TCU), conforme a lei.

Em nota, os advogados afirmaram que os objetos em questão tiveram requerimento de depósito peticionado no TCU em meados de março.“A defesa do presidente Jair Bolsonaro, voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU, em meados de março, requerendo o depósito dos itens naquela Corte até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito. O presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”, declarou a defesa.

Segundo as regras do TCU, os presentes de governos estrangeiros devem ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro, nem deixar de ser catalogados.

Com informações da Agência Brasil


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