O servidor da prefeitura de São Simão, Luís Manoel Lima de Araújo, apresentou nesta terça-feira (3) um pedido de impeachment do prefeito Francisco Assis Peixoto (PSDB), preso há uma semana e acusado de crimes sexuais contra menores.
O pedido de cassação do mandato do prefeito será, primeiramente, analisado pela Procuradoria da Câmara, que vai elaborar parecer jurídico. A partir daí, a Casa instala uma comissão para analisar o caso e dar espaço para manifestação da defesa de Assis Peixoto.
No documento em que pede o impeachment do prefeito, Luís Manoel, que relatou ter sido vítima de abusos do gestor dos 9 aos 16 anos de idade, diz que Assis Peixoto teve conduta indecorosa e não condizente com o cargo que exerce.
Pela Lei Orgânica de São Simão, o prefeito pode se ausentar do cargo por 15 dias sem apresentar justificativa à Câmara. Esse prazo termina no dia 12 de agosto. Caso não haja manifestação de Assis Peixoto até lá, o vice Fábio Capanema (Progressistas) é empossado.
A defesa do prefeito afirma que um processo de impeachment seria politizar a situação. Assis Peixoto já prestou depoimento ao Ministério Público e exerceu o direito de ficar em silêncio. A defesa diz que a prisão do prefeito é desnecessária.
Assis Peixoto está preso desde 28 de julho, acusado de crimes sexuais contra menores. O processo corre sob sigilo de Justiça. O MP-GO diz que deve concluir as investigações até o fim desta semana.