15 de novembro de 2024
Dilze Percílio no RH

A fantástica fábrica de idéias e notícias !!!

 

Um conto de Coaching …

Era uma vez um jornalista, que chamaremos aqui de Willy, que foi escolhido por sua empresa para fazer um processo de Executive Coaching, como objetivo de desenvolver suas competências gerenciais, de acordo com as expectativas para o cargo de Diretor de Jornalismo.

Era uma vez um Gestor, o Jack, que contratou uma Consultoria em Desenvolvimento Humano e Organizacional que agregava a seu processo de assessoria organizacional a Metodologia do Coaching. O ano era 2010. E Willy, junto com outros dois gestores, iniciou um processo com 10 sessões.

O Coaching é uma metodologia de desenvolvimento de pessoas, que envolve o profissional (o Coach) e o cliente (o Coachee), que tem como objetivo levar o Coachee do estado atual para o estado desejado. Bom, até aí, nenhuma diferença com outras metodologias. 

Mas o diferencial do Coaching está na forma de se chegar ao objetivo, pois num processo de Coaching a busca do EU MELHOR não vem de fora para dentro, mas sim de dentro para fora. O Coach, através de ferramentas, desenvolve a autopercepção do Coachee, que resulta no mapeamento dos comportamentos e as crenças que estão em sua base. E uma vez mapeados, aplicam-se as ferramentas de autogestão para fortalecer os comportamentos alinhados aos objetivos de vida e de carreira e minimizar ou deletar os desalinhados.

E Willy agregou às competências técnicas altamente desenvolvidas, as competências comportamentais e habilidade de gestão que os grandes líderes precisam ter em alto nível. Entre essas habilidades de gestão destaco uma que se tornou nosso objetivo do Contrato de Coaching: Habilidade para Dar e Receber Feedback.

Em uma Formação da LEME Consultoria, com Rogério Leme, aprendi que Feedback nada mais é que INFORMAÇÃO. Claro que ter habilidade para dar e receber essa informação demanda alguns comportamentos mais difíceis de se desenvolver do que supõe-nossa-van-filosofia. Mas pensar esse processo de uma maneira mais simplificada nos ajuda a desenvolver um comportamento fundamental, que é a Escuta Ativa. Normalmente não ouvimos o que nos falam e nem mesmo o que falamos num momento de feedback avaliativo ou corretivo, pois no fundo não estamos vendo-o como uma troca de informações.

Lá no fundinho temos certeza que é um momento de acariação, de acusação, de agressão ao nosso ego. E quando nos sentimos ameaçados, nosso instinto é o da sobrevivência, que envolve primeiro a proteção, ou blindagem, e depois o ataque (no melhor estilo a-melhor-defesa-é-o-ataque!). Aí, qualquer possibilidade de realmente ouvir vai por água abaixo.

No caso de Willy, o processo não era dificultado pelo Ego, mas pelo Status. Não que ele tivesse o estilo de liderança manda-quem-pode-obedece-quem-tem-juízo, muito pelo contrário, pois ele acreditava e investia numa liderança participativa. Acontece que seu Status como profissional de jornalismo fazia com que a equipe não se sentisse motivada a trazer novas ideias e quando ele dava o feedback, por ter um perfil técnico-racional, a pessoa se sentia diminuída, mesmo que essa não fosse a intenção.

Mesmo sem ter feito o curso ou lido o livro da LEME sobre Feedback, Willy tratava o feedback como uma troca de informações, mas a equipe não. E desta forma, suas orientações soavam como “bronca”, tinham medo de explicarem suas ações e comportamentos pois achavam que seria uma justificativa para a bronca.

Por isso além da Escuta Ativa a Comunicação Assertiva é fundamental no processo de Feedback.  Essa competência está muito longe do que só falar, está relacionada a se fazer entendido da melhor forma possível e de maneira alinhada aos resultados que se busca para aquela comunicação. Infelizmente agimos, na vida pessoal e profissional, ao estilo eu-canto-bem-vc-que-ouve-mal. Raramente entendemos a capacidade de se comunicar como a responsabilidade em se fazer entender. Acontece que ela é muiiiiiitooooo mais importante do que a habilidade de falar, e a gente fica se preocupando com a Oratória, que corresponde a apenas 7% do impacto da comunicação. Aiiiii …. sabe-nada-inocente, rsrsrs.

Já pensou se nosso foco no processo de Coaching fosse trabalhar o Receber Feedback com Willy focado na habilidade de construir textos e na oratória¿ Um cara que é referência no jornalismo e na locução em Goiás¿ Ele, com toda certeza, banalizaria o processo e não chegaríamos a nenhum resultado.

Usando as Perguntas Poderosas do Coaching foi que descobrimos o que impactava na processo de Dar e Receber Feedback: o perfil técnico-racional e a percepção de status que a equipe tinha dele. Após o mapeamento dos comportamentos alinhados e desalinhados, mãos-a-obra para muda-los!!! Em dois meses a empresa tinha seu Diretor de Jornalismo, de fato e de direito.

Mas como em toda estória, há o protagonista e o antagonista, nesta também temos. Não que o antagonista seja sempre um vilão, ele apenas define um rumo para a estória que não é o que o protagonista, no nosso caso Willy, esperava. A empresa passou por forte reestruturação e Willy, Jack e mais alguns amigos, saíram da empresa. E a assessoria também!

Mas o tempo passou e os aprendizados de Willy no processo de Executive Coaching o levaram novamente a buscar um processo de Coaching, agora Coaching para Empreendedores. Claro que Willy não veio me procurar com já com a ideia que iria empreender, mas ao concluirmos o processo, estava em processo de montagem a Maravilhosa Fábrica de Ideias e Notícias!

Iniciamos nosso processo com a Redefinição dos Objetivos de Vida e de Carreira, quando Willy percebeu que gostaria de ter mais autonomia no trabalho e mais tempo para sua família. Percebeu que queria fazer a diferença no mundo da informação, mas com poucos recursos. E percebeu que o problema não era a falta de oportunidade gerada pelo desemprego, mas sim o surgimento de inúmeras! As rádios estavam lhe oferecendo programas, os amigos chamando para parcerias e novos negócios.

E falando em amigos, Jack também voltou a estória e a sociedade na Fantástica Fábrica de Notícias e Ideias se concretizou, Mas e aí …. Da ideia vem o projeto … Do projeto o planejamento … Do planejamento as ações. E quando foram somadas as competências de Willy e Jack, não-teve-pra-ninguém!

Nesta etapa o processo de Coaching para Empreendedores trouxe Ferramentas de Gestão para a construção do planejamento e gestão do tempo, já que nosso herói precisava de trabalhos paralelos que lhe garantissem uma renda imediata. Também utilizamos novas ferramentas de Autopercepção, para desconstruir crenças do tipo: “não sou empreendedor”, “sou só jornalista e não gestor”, “não tenho tino comercial para fazer o projeto virar”.

Noooossaaaaaaaaaaaa, como Willy era caxias!!! Construíamos uma tarefa ao final da sessão, e ele chegava na próxima com um Projeto. Foi muito prazeroso trabalhar com ele.  

Ahhh … quer saber o final da estória¿ Na verdade, é uma história:

ü  Willy é Altair Tavares

ü  Jack é Carlos Bueno

ü  A Fantástica Fábrica de Ideias e Notícias é o DIÁRIO DE GOIÁS

ü  E a Coach sou em mesma, kkkkk

Parabéns Diário de Goiás, por seus três anos de vida!!!!


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